O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, exigiu “muito trabalho” e “resultados tangíveis” aos quatro novos ministros empossados, esta terça-feira, em Maputo, após a remodelação do Governo anunciada na segunda-feira. Na segunda-feira, Armando Guebuza exonerou os ministros da Saúde, da Indústria e Comércio, da Agricultura e do Interior.
José Pacheco, até segunda-feira ministro do Interior, passou a ocupar a pasta da Agricultura. Ivo Garrido (Saúde), António Fernando (Indústria e Comércio) e Soares Nhaca (Agricultura) saíram do Governo.
Para o Ministério do Interior, Armando Guebuza nomeou Alberto Mondlane, até então reitor da Academia de Ciências Policiais (ACIPOL), na Saúde ficou Alexandre Manguele, vereador do município do Maputo, e na Indústria e Comércio foi nomeado Armando Inroga, presidente da Associação dos Economistas de Moçambique.
Louvados afastados Esta terça-feira, na cerimónia de posse, Armando Guebuza agradeceu o empenho dos anteriores ministros e disse aos novos titulares que, à volta das suas nomeações, “gravitam muitas expectativas”, às quais deverão “saber dar respostas céleres”.
À frente do Ministério do Interior, José Pacheco “contribuiu para a melhoria substancial da segurança pública em Moçambique”, disse Armando Guebuza. José Pacheco era dos ministros mais criticados do Governo, na sequência das manifestações populares do início de Setembro, contra o aumento dos preços de bens essenciais.
Na altura, a Polícia disparou contra a população e, segundo fontes clínicas, morreram pelo menos 18 pessoas, entre elas crianças.
Dos quatro ministros exonerados, é precisamente José Pacheco o único que se mantém no Governo, agora a ocupar a pasta da Agricultura, ministério do qual é quadro.
Armando Guebuza elogiou também a prestação do ex-ministro da Saúde, Ivo Garrido, que, disse, soube melhorar a prestação dos serviços da Saúde ainda que com poucos recursos.
António Fernando, na Indústria e Comércio, “assegurou a implementação de programas que impulsionaram o crescimento do tecido empresarial”, avaliou o Chefe do Estado.
Na pasta da Agricultura, Soares Nhaca, antigo líder sindical, contribuiu para o aumento “da produtividade agrária”, disse Armando Guebuza.
“Esperamos que os empossados consolidem estas conquistas”, desejou Guebuza.