O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, inaugurou na cidade de Chimoio, capital provincial de Manica, uma nova unidade hoteleira e uma instituição de micro-finanças, que vem dar maior impulso ao desenvolvimento desta região do Centro de Moçambique.
Tratam-se do “Inter Hotel Chimoio”, uma construção de raiz de capitais privados do Canada e Portugal, avaliado em três milhões de dólares norte-americanos. Este hotel, o primeiro com quatro estrelas em Chimoio, tem 42 quartos e 50 trabalhadores.
Guebuza inaugurou ainda uma agência do Banco “Tchuma”. Antes da agência de Chimoio, este banco tinha representações apenas na cidade e província de Maputo, e na província de Gaza, todas no Sul. Este ano, esta instituição prevê alargar a sua rede, abrindo mais duas agências, na província nortenha de Nampula e no distrito de Boane, Sul do país. Para a construção e apetrechamento da agência de Chimoio, o banco “Tchuma” contou com o apoio do Governo moçambicano, na ordem de 250 mil dólares norte-americanos. Este banco já está a desenvolver um projecto-piloto de crédito a agricultura.
A AIM soube que em Manica há uma procura de crédito pelos agricultores na ordem de 11 milhões de dólares. Sobre o “Inter Hotel Chimoio”, Guebuza disse ser uma valiosa contribuição para toda a província e não só. “É uma contribuição que vai ajudar Manica a crescer também em capacidade e não apenas em estatísticas”, disse o Presidente, intervindo momentos depois de descerrar a lápide, cortar a fita e visitar as instalações.
Guebuza acrescentou que este é um dos exemplos de aproveitamento das potencialidades que o vasto Moçambique possui. Ele vincou que “a experiência demonstra que o potencial não é tudo: Precisamos de investir em áreas tais como hotelaria, rodoviária, de energia, telecomunicações, entre outras”. “Temos também de investir na formação para que o potencial seja transformado em riqueza”, adiantou o estadista moçambicano.
Quanto ao Banco “Tchuma”, que já opera em Moçambique desde 1999,numa iniciativa do Fundo de Desenvolvimento da Comunidade (FDC), da Sociedade de Controlo de Participações Financeiras, mais um grupo de oito mulheres individuais, Guebuza indicou que o Governo decidiu colocar “acento tónico” na cobertura geográfica das instituições financeiras, de modo a se impulsionar principalmente aos pequenos produtores. “Assim podemos visualizar pequenos operadores, como ambulantes, a evoluírem para grandes operadores”, sublinhou Guebuza, acrescentando que esta é uma forma de contribuir para a bancarização da economia em Moçambique.
Guebuza visitou campos de produção e empacotamento de produtos agrários Antes das inaugurações, Guebuza escalou a companhia de Vanduzi, do Grupo MoçFer SA, os respectivos campos de produção e a fábrica de empacotamento, um investimento de uma individualidade britânica na ordem de 21 milhões de dólares. Esta companhia produz Milho, na sua variedade de “milho miúdo”, que é exportado principalmente para o Reino Unido e Africa do Sul. Para além do Milho, a companhia produz Piri-piri, Feijao Verde e Ervilha. Anualmente, esta empresa privada factura cerca de sete milhões de dólares, explorando anualmente cerca de 1.600 hectares.
Próximo ano, a companhia vai alastrar as suas actividades para Catandica, explorando 200 hectares. Ainda em 2010, a mesma companhia prevê produzir arroz. Na região de Chokwe, em Gaza, o grupo “MoçFer SA” possui uma fábrica de processamento de arroz com capacidade para 20 mil toneladas de arroz por ano, para além de auto-combinadas para a debulha do arroz.
Guebuza orientou também um comício popular na cidade de Chimoio. Esta quarta-feira, ele trabalha no distrito de Mossurize, de onde rumará, já na Quinta feira, para a Província de Inhambane, última etapa da sua presidência aberta e inclusiva a todo o país.