O Presidente da República, Armando Guebuza instou, Quarta-feira (21), em Maputo, aos quadros do sector de recursos minerais a prosseguirem com o mapeamento geológico, tendo em vista assegurar a cobertura de Moçambique.
Para Guebuza, que falava no Congresso de Geologia, o primeiro evento do género em Moçambique, o país terá à sua disposição uma informação geológica de base, bem como do volume de reservas nas suas mais variadas classificações.
Na ocasião, o Chefe do Estado disse que os investimentos no sector geológico-mineiro, realizados pelo Estado e por empresas nacionais e estrangeiras, quer na área de prospecção e pesquisa quer na área de extracção de recursos minerais, permitiram um aumento substancial do nosso conhecimento geológico de Moçambique.
Guebuza aproveitou a ocasião para destacar o trabalho de mapeamento realizado por técnicos nacionais, que culminou com a publicação de cartas geológicas modernas e actualizadas de Moçambique nas escalas de 1/250.000 e de 1/1.000.000, bem assim das respectivas Notas Explicativas.
“O sector de recursos minerais é chamado a prosseguir com este trabalho, tendo em vista assegurar a cobertura de todo o nosso solo pátrio. Tratase de informação útil no processo negocial e na promoção de Moçambique como um destino para investimentos mesmo em recursos que são chave na solução para os défices que se registam à escala planetária”, disse Guebuza.
Nos últimos anos, Moçambique tem estado a registar enormes descobertas de recursos minerais, com destaque para o carvão e gás natural, que colocaram o país no mapa das nações mais atractivas ao investimento.
Para Guebuza, as novas descobertas exigem de todos reflexões e acções concretas para assegurar que estes recursos sejam plenamente integrados na matriz da agenda nacional de luta contra a pobreza.
“Como Governo, estamos empenhados na realização da reforma da legislação mineira e petrolífera de modo a adequála aos novos desafios do sector. Estão igualmente em curso acções tendentes a aprimorar os mecanismos que asseguram a boa governação nesta área dos recursos minerais, um processo que envolve, por exemplo, a Inspecção Geral do Estado, o Tribunal Administrativo e a Assembleia da República”, disse.
“Neste contexto de reforço dos seus mecanismos de Boa Governação, a República de Moçambique aderiu, de forma voluntária, em Maio de 2009, à Iniciativa de Transparência na Indústria Extractiva”, acrescentou.
Refira-se que a 26 de Outubro do corrente ano, Moçambique foi declarado País cumpridor da Iniciativa da Transparência na Indústria Extractiva.
“Este estatuto foi-nos outorgado porque durante o processo de imple- mentação da iniciativa, cumprimos na íntegra com os critérios e princípios para validação de um País, estabelecidos pelo Conselho de Administração desta organização” sublinhou.
Para o Chefe de Estado, a contribuição do sector geológico-mineiro na economia vai aumentando de ano para ano, induzindo a melhoria das condições de vida da população. O Congresso de Geologia decorre até a próxima Sexta-feira, sob o lema “Geologia para o desenvolvimento económico”.
Participam no evento 260 delegados, dos quais cerca de 70 estudantes. O mesmo será marcado pela realização de seis apresentações plenárias em torno de temas relacionados com mudanças climáticas e meio ambiente, geologia e recursos minerais, cartografia e précâmbrico, geofísica e recursos hídricos, bacias sedimentares e karoo.
