A população do distrito de Chibabava, na província de Sofala, considera que uma das principais realizações de Armando Guebuza, no quinquénio prestes a terminar, é ele ter conseguido eliminar a ‘preguiça mental’ em muitas pessoas, o que esta se a reflectir na subida dos índices de produção nesta região do Centro de Moçambique. Num “showmício” que o candidato da Frelimo, Armando Guebuza, orientou no Posto Administrativo de Muxungue, em Chibabava, no inicio domingo da sua campanha eleitoral a província de Sofala, a penúltima desde que iniciou a sua digressão eleitoralista pelo pais, a população referiu que as coisas já tomaram outro rumo a nível local, havendo fortes sinais de que se tudo continuar da mesma forma a pobreza passará para a história.
“Agradecemos tudo o que tem feito por nós. O povo tinha forca mais sofria de preguiça mental. Este mal já não existe em muitos de nos graças ao seu esforço senhor Presidente”, disse Fernando Raul, um dos dois residentes desta região que pediram palavra para intervir no encontro, que pela afluência e vivacidade com que as populações participaram fez esquecer o “rotulo” de Chibabava ser um dos “marcos” da oposição. Alias, Chibabava viu nascer Afonso Dhlacama, líder Renamo, principal partido da oposição parlamentar.
Fora desta importante realização (combate a preguiça mental), Chibabava já acredita, mais do que nunca, que com Guebuza é possível vencer a pobreza. A campanha do candidato da Frelimo ocorreu numa altura em que a energia da rede nacional de energia acaba de chegar a Muxungue, em Cibabava, uma zona considerada de “paragem obrigatória” para quem transita da Estrada Nacional Numero 1 (EN1), a principal rodovia que liga o Sul, Centro e Norte do pais.
Esta mesma região é muito conhecida por ser produtora dE ananás e castanha de caju. Num diálogo aberto com o candidato Guebuza, que procura o seu segundo mandato, a população vê na corrente eléctrica uma força que dará mais valia a esta produção e desenvolvimento. Imbuído na emoção da população, Guebuza instou a população local para usar a energia como alavanca para a criação da riqueza, sustentando que sem energia não se pode fazer uma fábrica de processamento do ananás ou caju.
A população também manifestou a sua satisfação em relação a expansão da rede escolar, sanitária, telefónica, mas pediu mais capacidade de abastecimento de água. Este tem sido um dos principais problemas que vem sendo levantado pelas populações nos locais onde Guebuza tem trabalhado nesta derradeira fase eleitoral. Quanto a afluência, Guebuza disse que “me sinto mais uma vez em casa. Nas outras vezes houve muita gente a me receber, mas desta vez foi muito mais ainda”.
Por ser o local de entrada a Sofala, Guebuza, logo depois de ter desembarcado em Muxungue, presenciou uma cerimónia tradicional, denominado “Kuphalha” (evocação dos antepassados), orientada pelo Régulo Muxungue, para alem de orações e actividades culturais. A este respeito, Guebuza disse que quem respeita o passado sabe valorizar o presente e também saberá escolher o que quer no futuro. Sempre que pedisse voto para ele mesmo e para o partido que dirige, a Frelimo, Guebuza era ovacionado, um claro sinal de concordância. Mesmo assim, Guebuza não deixou de apelar para uma participação massiva na votação de 28 de Outubro, afirmando que “dizer que fulano já ganhou não significa nada’.
“A vitória só é garantida com o voto e não com palavras”, frisou Gubeuza. Tal como aconteceu nas províncias onde ele já trabalhou, Guebuza é considerado como sendo o líder que resgatou a auto-estima, alocou mais de Sete Milhões de Meticais a cada um dos 128 distritos moçambicanos, deu fortes sinais de determinação no combate a pobreza, corrupção e apatia, descentralizou a gestão dos recursos humanos e materiais ate ao nível de Posto Administrativo, reverteu para Moçambique a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), promoveu a expansão da rede escolar, hospitalar, rodoviária, entre outras realizações. Ainda domingo, Guebuza orientou um outro comício popular na capital provincial de Sofala, Beira.
Nesta mesma província, Guebuza vai trabalhar em Caia, Maringué e Nhamatanda, antes de rumar a província de Manica, última etapa desta primeira volta de campanha eleitoral a todo Moçambique.