A reunião entre o Governo nigeriano e os sindicatos, convocada para encontrar uma solução para a greve contra o aumento dos preços dos combustíveis que paralisou o país, semana passada, registou um impasse, Sábado, em Abuja, o que faz recear uma retomada da greve, esta Segunda-feira, depois duma pausa de dois dias.
Depois da reunião, o presidente do Congresso Trabalhista da Nigéria (NLC), Omar Abdulwaheed, afirmou aos jornalistas a ausência de compromisso.
Segundo ele, « o statu quo continua », o que significa que a greve prossegue, esta Segunda-feira. Ele anunciou que o NLC e a Confederação Geral dos Sindicatos (TUC), os dois principais sindicatos dos trabalhadores, iriam informar as suas diferentes bases para determinar a via a seguir.
Ele descartou, no entanto, a suspensão da produção petrolífera do país que o sindicato dos empregados do sector dos combustíveis (PENGASSAN) tinha ameaçado desencadear até Sábado à meia noite, em caso de recusa do Governo de voltar ao antigo preço dos combustíveis.
«Ainda não estamos na fase da suspensão da produção petrolífera… Nós procedemos etapa por etapa », declarou o presidente do NLC aos jornalistas.
Esta é a segunda vez em três dias que as reuniões entre o Governo e os sindicatos registam fracasso relativo à retirada da anulação das subvenções do Estado sobre os combustíveis, que provocou a subida dos preços de gasolina que passaram de 65 nairas (0,4 dólar americano) por litro para pelo menos 141 nairas (0,9 dólar americano).
Os sindicatos exigem o regresso ao antigo preço, o que o Governo recusa. Os sindicatos e os seus parceiros da sociedade civil decidiram uma suspensão de dois dias da greve sábado e domingo para permitir aos Nigerianos reabastecer-se e relançar o movimento de protestos segunda-feira em caso de ausência de acordo entre as duas partes.