A primeira greve geral da Bélgica em duas décadas levou o país a uma paralisação parcial nesta segunda-feira, num protesto contra os pacotes de austeridade que tem como alvo a reunião de governantes e líderes da União Europeia em Bruxelas. Toda a rede ferroviária ficou parada, autocarros e eléctricos não operaram, muitas escolas e lojas fecharam e a produção das fábricas da Audi e da Volvo foi interrompida.
O aeroporto Charleroi, centro de operações da Ryanair e outras companhias de baixo custo, foi forçado a cancelar todos os voos devido a planos dos sindicatos de bloquearem o acesso às rodovias.
No aeroporto de Bruxelas, porém, a maioria dos voos não foi afetada. A Jet Airways, da Índia, cuja sede europeia está localizada em Bruxelas, reprogramou os voos via Amsterdã. A United Cotinental cancelou seus serviços de partida e chegada aos EUA. “Algumas linhas aéreas cancelaram os serviços com antecedência… mas de forma geral eu acho que apenas em torno de 10 por cento dos voos serão afetados”, afirmou um porta-voz do aeroporto.
Comboios de alta velocidade, como o Eurostar, de Londres, e o Thalys, de Paris, não estavam entrando e nem saindo do país na noite de domingo.
No porto da Antuérpia, o segundo mais movimentado da Europa, contentores e alguns terminais de cargas volumosas foram fechados. A suspensão dos serviços no porto causou atraso no transporte marítimo.
A greve coincide com a 17ª Cimeira da União Europeia em dois anos, conforme o bloco luta para solucionar os problemas de dívidas governamentais.