O governo de coligação da Grécia espera superar as suas próprias divisões e desafiar os manifestantes, esta Quarta-feira (7), para avançar com um pacote de austeridade necessário para assegurar ajuda e evitar a falência.
O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, deve ter uma vitória apertada no apoio aos cortes orçamentários, aumentos tributários e reformas trabalhistas na votação parlamentar que ocorre ainda esta Quarta-feira.
O menor partido da coligação conservadora-liberal opõe-se às medidas. Dezenas de milhares de trabalhadores ligados a sindicatos planeiam reunir-se próximo ao Parlamento por volta das 13h, no segundo dia de greve nacional que paralisou o transporte público, fechou escolas, bancos e escritórios do governo, e causou a acumulação de pilhas de lixo nas ruas.
Apoiados pela oposição de esquerda, os sindicatos dizem que as medidas irão afectar os pobres e poupar os ricos, enquanto aprofundam a recessão de cinco anos que cortou um quinto da produção do país mediterrâneo e levou o desemprego para 25 por cento.
“As políticas do resgate são completamente catastróficas, escandalosamente absurdas, e uma falha total”, afirmou Alexis Tsipras, chefe do partido de oposição ao resgate SYRIZA, em entrevista ao jornal Efimerida Syntakton.
Os parlamentares começaram a debater cortes salariais e aumentos de impostos no valor de 13,5 bilhões de euros até 2016, o que, se for aprovado, irá destravar uma parcela de mais de 31 biliões de euros em ajuda da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional.