Sete vítimas mortais e mais de uma dezena de feridos, entre graves e ligeiros, é o resultado preliminar de um horrível acidente de viação registado na manhã desta segunda-feira (17) na Avenida de Moçambique (Estrada Nacional numero 1), na cidade de Maputo.
O sinistro aconteceu concretamente no bairro 25 de Junho, muito próximo ao cruzamento da Rua Casimiro Mathe e Avenida de Moçambique (paragem chamada OPWAY, vulgo ópica), na faixa de rodagem no sentido Benfica/centro da urbe e envolveu três viaturas de transporte privado de passageiros, vulgo “chapa 100”, dos quais um minibus que fazia o trajecto Zona Verde/Anjo Voador.
Testemunhas oculares contaram ao @Verdade que, pouco antes das 06 horas, o condutor de uma das viaturas volvidas no acidente, com gente apinhada, dirigia a alta velocidade e não teve perspicácia para evitar o corte prioridade por outro veículo. Devido ao embate violento entre as viaturas, os passageiros que viajavam no minibus foram projectados para o exterior, tendo algumas morrido instantaneamente por causa da queda brutal.
Outros ficaram entalados na viatura e perderam a vida por falta de socorro imediato uma vez que foi necessário chamar o corpo de salvação pública para a sua retirada. Ninguém sabe narram como precisão como é que tudo aconteceu porque o acidente foi repentino. O trânsito ficou condicionado por largos minutos, pois, para além da própria desgraça, vários automobilistas abrandaram a marcha e peões fizeram-se ao local, todos para verem o que se passava e tentar ajudar.
A Polícia de Trânsito disse que as circunstâncias em que o sinistro se deu levam a crer que houve irresponsabilidade por parte de um dos motoristas, dos quais um está em parte incerta. Supõe-se seja o condutor da viatura que causou o acidente e fugiu por medo de ser linchado pela população, sobretudo pelos familiares das vítimas.
Mais uma semana sangrenta
Entretanto o Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM), a nível da Cidade de Maputo, revelou em Conferência de Imprensa que durante a semana finda vinte e três pessoas perderam a vida, 18 contraíram ferimentos graves e 21 ligeiros em consequência de 18 acidentes de viação, em diferentes artérias da capital moçambicana.
Arnaldo Chefo, porta-voz do Comando PRM em Maputo, indicou que o excesso de velocidade foi a maior causa da morte, seguido da má travessia de peões, manobras perigosas, condução em estado de embriaguez e em contramão. O porta-voz da PRM disse que o número de acidentes pode ser superior aos 18 registados pela corporação, bem como o de vítimas, devido ao estado crítico em que estes se encontram na altura em que deram entrada nos hospitais.