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GP de Bahrein de F-1 é cancelado

GP de Bahrein de F-1 é cancelado

Os organizadores do Grande Prémio de Fórmula 1 decidiram cancelar a prova como medida de segurança por causa dos conflitos internos no país.”Sentimos que o mais importante para o país neste momento é olhar para os interesses nacionais e deixar o GP de F-1 para uma outra data futura”, afirmou o príncipe do Bahren, responsável máximo da prova no país, em comunicado. A prova iria abrir o campeonato no segundo final de semana de março (entre os dias 11 e 13). Assim, a temporada irá começar em 27 de março em Melbourne, na Austrália.

Na semana passada, a prova de GP2 foi cancelada justamente devido à crise política no Bahrein. No domingo, Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da categoria, livrou-se da responsabilidade e deixou a decisão nas mãos do príncipe do Bahrein. Esta segunda-feira, o príncipe Salman bin Hamad Al Khalifa, que tem os direitos da prova no Bahrein não hesitou “Depois dos eventos da semana passada, nossa prioridade é evitar uma tragédia e fazer do Bahrein um país unido novamente”, completou.

Ecclestone lamentou a decisão. “É triste, mas nós queremos ver toda a nação bem”, disse o dirigente da F-1. “A hospitalidade das pessoas do Bahrein é uma marca do GP. Mas olhamos para a frente e esperamos que Bahrein volte logo [ao calendário da F-1]”, completou Ecclestone.

Antes da decisão oficial, as equipes e pilotos estavam divididos. Alguns, como Mark Webber, acreditavam que a prova não deveria acontecer, enquanto outros, como Sebastian Vettel, apostavam que a decisão que a F-1 tomar será a mais apropriada. Primeiro país do Oriente Médio a receber a F-1, o Bahrein deixa de receber o evento pela primeira vez desde 2004 devido às manifestações políticas na região.

Com a decisão, o Bahrein entrou para um seleto grupo de países que tiveram suas provas canceladas na F-1. E isso porque a categoria não se “entrega” nem mesmo para catástrofes como o 11 de Setembro. Insegurança e crise financeira são as principais causas para se cancelar um GP.

Esses foram os motivos apresentados pela Argentina em algumas oportunidades a partir de 1960. Inicialmente, a ausência coincidiu com o encerramento da carreira de Juan Manuel Fangio, vencedor de cinco campeonatos, e o final do governo Perón. A Argentina sediou o Mundial de 1972 até 1975. Em 1976, teve a prova cancelada por falta de segurança. Voltou ao calendário no ano seguinte e ficou até 1982, quando abriu mão da F-1 por causa da Guerra das Malvinas. Voltou a sediar uma prova 13 anos depois, mas em 1999 teve seu GP cancelado devido à crise financeira.

O mesmo aconteceu com Magny-Cours, na França, que deixou de abrigar um GP em 2009 por causa de problemas financeiros. Desde então, está fora do calendário. Em 1983, o GP de Nova York foi cancelado a pouco mais de três meses de sua realização por falta de estrutura. Acabou substituído pelo recém-criado GP da Europa, em Brands Hatch.

Por outro lado, nem mesmo o atentado terrorista aos EUA, em 2001, ou a morte da princesa Diana, em 1997, alteraram a agenda da F-1. O primeiro não provocou o cancelamento da corrida em Indianápolis, 19 dias depois do atentado. O segundo não atrasou um minuto o treino do GP de Monza, que era no mesmo horário do funeral.

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