Porque Moçambique vai, dentro de alguns anos, tornar-se um país de rendimentos médios, facto que implicará a redução do financiamento concessional, o vice-ministro das Finanças, Pedro Couto, referiu que o governo vai contratar, a médio prazo, créditos não concessionais, ao preço real do mercado, a fim de fazer face a esse crescimento.
Couto referiu que Moçambique continuará, nessa altura, a beneficiar de financiamento externo, mas as fontes concessionais para países de rendimento intermédio são escassas. Por isso, Moçambique necessitará de créditos não concessionais tendo em conta os vastos programas de investimentos que ser devem ser levados a cabo.
O alerta do vice-ministro das Finanças foi formulado na sequência do encontro que teve com Samuel Itam, codirector executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), que tem feito recomendações no sentido de prevenir que o Estado mergulhe num edividamento insustentável.
Pedro Couto observou, a propósito, que a ideia é que sejam créditos investidos em projectos com retorno que facilitem o pagamento dessas dívidas para que se não tornem insustentáveis.