O Governo moçambicano pretende adquirir cem novos autocarros para reforçar as frotas das empresas públicas e municipais de transportes localizadas em diferentes cidades do país.
A medida visa atenuar a crise de transporte de passageiros que afecta, sobretudo, os centros urbanos, sobretudo em Maputo, Matola e Beira.
O ministro da Finanças, Manuel Chang, citado pelo jornal “Diário de Moçambique” explicou que a aquisição destes autocarros enquadra-se no Plano Económico e Social para 2013.
Segundo Chang, o Governo está muito preocupado com a escassez de transporte de passageiros, sobretudo na capital do país, onde as pessoas permanecem horas a fio nas paragens aguardando pela chegada de um autocarro público ou privado.
Em Agosto de 2011, o Executivo adquiriu 150 autocarros de marca Tata para reforçar a frota dos ex-TPM, actual Empresa Municipal de Transportes de Maputo, depois de ter recebido antes um lote de “machimbombos” da China.
A transportadora municipal da capital do país conta com uma frota composta por viaturas executivas (de luxo) e outras normais das marcas Man-Diesel, Mercedes-Benz, Yutong, Iveco, Yaxing, Zonda Bus, Marcopolo e Tata, alguns dos quais movidos a gás.
Neste momento, a situação dos transportes é caótica nas cidades de Maputo e Matola, com os utentes a ficarem horas a fio nas paragens ou obrigados a fazer várias ligações para chegarem aos seus destinos.
O problema é mais evidente nas ligações entre a capital do país e os diferentes bairros do município da Matola como Liberdade, Machava Socimol, Nkobe e Patrice Lumumba, para além das rotas Magoanine “A” e “C”, Matendene, Zimpeto, Laulane, entre outras.
Estatísticas oficiais indicam que os transportes públicos só conseguem transportar 95 mil passageiros por dia, o correspondente a 15 por cento dos 900 mil utentes que procuram o transporte diariamente, e o remanescente fica a mercê das transportadoras privadas.
Entretanto, as autoridades governamentais e municipais estão conscientes de que a resolução da crise de transporte não passa só pelo aumento da frota, mas também pela conjugação de vários meios, nomeadamente a implementação do sistema de transporte intermodal, que inclui meios ferroviários, marítimos e rodoviários, bem como a melhoria das vias de acesso.