A província do Niassa deverá preparar-se para o crescimento da população através de criação de condições básicas nos centros urbanos e vilas. Este desafio foi lançado no dia Mundial da População, comemorado na passada segunda-feira em todo Mundo.
O Director Provincial do Plano e Finanças do Niassa, Feliciano Faduco Dembele, falando na ocasião, explicou que o desenvolvimento das cidades e vilas exige um maior investimento em várias componentes. Indicou a urbanização , abertura de vias de acesso , abastecimento de água canalizada e saneamento do meio como as áreas prioritárias para uma população saudável.
Enquanto isso, o Secretário Permanente do Governo do Niassa, Estevão Richard, afirmou que a população urbana está a subir anualmente e necessita de investimentos e novas formas de abordagem. O Governo e Autoridades Municipais devem investir em infraestruturas básicas para mudanças no nivel de vida. Apesar da diminuição da mortalidade infantil, há necessidade de expandir a rede sanitária na província para mais zonas. O SP do Governo do Niassa afirmou que na província do Niassa, a população urbana cresce em cada 10 anos. Enquanto isso, o edil de Lichinga, Augusto Assique, explicou que a população da sua autarquia está a crescer rapidamente. Este crescimento é devido ao êxodo rural da população, cenário que Assique considera de preocupante para a edilidade.
Em 1997 a cidade de Lichinga tinha 87 mil habitantes. 2007 O número subiu para 141.724 habitantes. Em 2011 o número é de 177.867. Em 2020 espera-se que Lichinga tenha 260 mil habitantes. “Deve haver equilíbrio entre a cidade e o meio rural, a migração do campo para a cidade está criar problemas na nossa urbe, como ocupação desordenada do espaço, surgimento de novas unidades comunais e necessidade de criação de serviços básicos,” disse Assique. Desafiou os secretários dos bairros e lideres comunitários para que abandonem a prática de atribuição paralela dos mesmos talhões a várias pessoas na cidade.
População do Niassa por distrito
Olhando para a projecção do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), o eixo Mecanhelas-Cuamba- Lichinga-Lago, é o mais povoado desta região. Esta tendência continuará até 2020 altura em os números atingirão novos recordes em termos de crescimento da população. A cidade de Lichinga com os seus 177.867 habitantes caminha rapidamente para entrar no grupo das mais habitadas do País. O distrito de Cuamba com 200 mil habitantes é neste momento o mais povoado, segue Mecanhelas com 160.885, Mandimba 140.724. Pela banda dos menos povoados, Mecula, vai na dianteira com 14.779, Segue-se Mavago, 21.241, Muembe 29.439 habitantes.
No geral, apesar de a província do Niassa ser a menos povoada de Moçambique, no próximo Censo em 2017 deixará para trás as províncias de Inhambane, Gaza e Cabo Delgado.