Um dos primeiros sectores produtivos a sentir o impacto da pandemia da covid-19 em todo mundo foi o Turismo, devido as diversas limitações a que os viajantes são sujeitos. Em Moçambique 68 mil trabalhadores de agências de viagens, empreendimentos turísticos, estabelecimentos de restauração e bebidas correm o risco de ficar desempregados porque o Governo de Filipe Nyusi não tem nenhuma medida para protege-los.
“Na área do turismo, dos 2462 empreendimentos turísticos, 3986 estabelecimentos de restauração e bebidas e 336 agências de viagens existentes no país, 696 já encerraram sendo 155 empreendimentos turísticos, 484 estabelecimentos de restauração e bebidas, 12 agências de viagens e 45 salas de dança”, revelou nesta quinta-feira (23) a assessora do Ministério da Cultura e Turismo que indicou que estes encerramentos, ainda que temporários, “põem em causa cerca de 3511 postos de trabalho.
Falando em conferência de imprensa em Maputo Ndica Massinga precisou que este sector, uma das seis opções estratégicas para o quinquénio 2020-2024 e que tem como meta criar 462.389 novos empregos no nosso país, “emprega no geral um universo de 68 mil trabalhadores”.
Questionada sobre que medidas específicas existem para ajudar os empresários da Cultura e Turismo a não despedirem os seus trabalhadores a fonte do Ministério da Cultura e Turismo declarando que o sector “é muito transversal, tudo aquilo que concorre para o seu desenvolvimento tem escopo na actuação dos outros sectores, por isso quando eu falo que os empresários quer da área do Turismo quer da Cultura vão se beneficiar destas medidas que o Banco Central e o Governo está a tomar é porque na verdade as medidas são transversais. O Ministério da Cultura e Turismo como tal não vai tomar medidas mas tem que influenciar e fazer advocacia junto de outras entidades do Governo que tem responsabilidade por estas áreas co-relacionadas”.
“O Ministério criou o Gabinete de Gestão de Crise que está junto dos Parceiros de Cooperação, quer nacionais e internacionais, e junto do próprio Governo, a articular soluções concertadas para resolver alguns problemas. No caso da Cultura em específico há alguns fundos que estamos a negociar com a UNESCO e com a Organização Mundial de Turismo para que também se possa apoiar o sector”, disse Ndica Massinga que apontou uma iniciativa denominada “Arte no Quintal” para os artistas realizarem de espectáculos em live streaming e promoverem exposições que serão disseminadas pelas rádios comunitárias, televisão e plataformas digitais.