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Governo lança projecto estruturante de saneamento para melhorar qualidade de vida em Chimoio

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Foi lançado, quarta-feira, 2 de Abril, o Projecto de Saneamento Urbano Inclusivo da Cidade de Chimoio, a ser implementado pelo Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, através da Administração de Infra-Estruturas de Água e Saneamento (AIAS).

O início das obras está previsto para o segundo semestre de 2026 e o término para 2028. Com um investimento de 27 milhões de dólares norte-americanos, financiados pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e Governo de Moçambique a iniciativa surge como uma resposta à crescente pressão sobre o saneamento urbano na capital da província de Manica, devendo impulsionar melhorias significativas na saúde pública e na qualidade de vida dos munícipes.

O projecto, que beneficiará, de forma directa, cerca de 190 mil pessoas, insere-se no âmbito da Estratégia Nacional de Desenvolvimento (ENDE 2023–2042), que prevê a reabilitação e a expansão de infra-estruturas essenciais para o bem-estar social e o desenvolvimento humano. A cidade de Chimoio, que já conta com mais de 372 mil habitantes, enfrenta desafios significativos na gestão dos resíduos e na garantia de condições adequadas de higiene e saneamento.

Com a implementação do projecto, espera-se não apenas a melhoria da infra-estrutura sanitária, mas também a redução da incidência de doenças de origem hídrica, a preservação ambiental e a promoção de um ambiente urbano mais limpo. Além dos impactos sanitários, o investimento de 27 milhões de dólares também terá reflexos na economia local, pois serão gerados empregos durante a fase de execução das obras, proporcionando oportunidades para jovens.

Do montante financiado pelo BAD, 25 milhões de dólares serão destinados à implementação do projecto, enquanto os 2 milhões restantes serão aplicados na realização de estudos para a expansão do sistema de abastecimento de água da cidade. Actualmente, a rede de esgoto de Chimoio opera de forma combinada com as águas pluviais, o que compromete a eficiência do saneamento e pode gerar riscos ambientais. Para solucionar essa questão, o projecto prevê a construção de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e de uma rede de esgoto, garantindo um acesso mais seguro e sustentável aos serviços sanitários.

Intervindo na cerimónia, o secretário permanente do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Hélio Manuel Jeremias Banze, referiu que o projecto marca uma nova etapa para o Município de Chimoio na medida em que vem dar resposta à necessidade de garantir o acesso digno, seguro e sustentável do saneamento nas zonas urbanas.

A cobertura nacional de saneamento urbano situa-se, actualmente, em cerca de 54.6%. Entretanto, apesar dos importantes avanços que têm sido registados, mercê da implementação de projectos estruturantes em curso ou já concluídos em cidades como Maputo, Beira, Tete e Quelimane, ainda persistem grandes desafios para o alcance de um serviço de saneamento universal. Por isso, o Governo reitera o seu “forte compromisso em continuar a envidar esforços em estreita colaboração com os seus parceiros de desenvolvimento para que mais investimentos possam ser mobilizados e canalizados para o melhoramento do serviço de saneamento e drenagem nas cidades e vilas deste País”, disse.

Num outro desenvolvimento, Hélio Banze afirmou que, para garantir a prestação de um serviço eficiente e a sustentabilidade dos investimentos, o projecto prevê realizar uma capacitação aos Serviços Autónomos de Saneamento do Município de Chimoio em matérias de operação, manutenção e preservação das infraestruturas.

Por seu turno, a representante do Banco Africano de Desenvolvimento, Patrícia Baptista, considerou que a iniciativa vai contribuir directamente para a resiliência climática ao garantir que os sistemas de saneamento sejam concebidos para resistir a eventos climáticos extremos e fornecer soluções sustentáveis para a gestão de águas residuais.

“Uma das principais componentes do projecto é a construção de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais, que incorpora tecnologias adaptadas às condições climáticas. A iniciativa visa minimizar o impacto ambiental e promover a reutilização da água, tornando o sistema mais sustentável”, enfatizou.

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