O Governo moçambicano lançou esta sexta-feira um novo modelo de inspecção na área do Comércio que permite alargar esta actividade a outros sectores da instituição e população no geral. Este modelo visa monitorar os preços dos produtos básicos comercializados no mercado nacional bem como a implementação eficaz das medidas recentemente tomadas pelo Governo para reduzir os preços dos principais produtos básicos.
Assim, todos os funcionários do Ministério da Indústria e Comércio (MIC) poderão colaborar na inspecção dos preços de diversos produtos. Por outro lado, toda a população é também chamada a colaborar com as autoridades, denunciando possíveis atropelos a norma. A medida foi anunciada pelo Ministro da Indústria e Comércio, António Fernando, no fim de uma ronda realizada em diversas padarias localizadas na cidade de Maputo onde verificou que ainda há uma certa diferença dos pesos do pão fabricado por cada panificador.
Refira-se que o pão consumido em Moçambique é subsidiado pelo Governo, mas os panificadores têm o compromisso de manter o peso acordado com as autoridades. “A discrepância na aplicação do peso resulta do facto das panificadoras fazerem os cálculos em função da massa do pão (antes de entrar no forno), enquanto deveriam fazer em função do produto final”, explicou o governante.
“É nossa função explicar aos panificadores que o que foi estabelecido a nível regional e internacional, é fixar o preço em função do produto final e não o que explicam”, acrescentou ele.
Na sua visita às padarias, o Ministro constatou as alterações do peso, o que contrasta com o padrão nacional, que e de 250 gramas. Este fenómeno de alteração do peso, já havia sido relatado por populares que se consideravam injustiçados por algumas padarias que alegam que o pão não tem o peso normal.
Quanto a outros produtos, o ministro disse que as autoridades tributárias nacionais receberam ordens com vista a permitir que o arroz da terceira qualidade fique isenta do pagamento das taxas alfandegárias, “porque este, é um produto muito escasso no mercado nacional, e só temos acesso quando importado da Tailândia e Japão”.
Segundo o ministro, as acções do governo para a redução do custo de vida são contínuas, e passam por apelos aos produtores no aumento da produção, bem como na redução dos preços dos outros produtos.