O governo japonês aprovou um novo plano para reduzir o uso da energia nuclear no país, por causa do acidente de 2011 na usina de Fukushima, mas eliminou a referência à meta de eliminar totalmente essa forma de energia até a década de 2030, disseram os ministros, esta Quarta-feira (19).
Desde que o plano foi anunciado, Sexta-feira passada (14), poderosos grupos empresariais vêm pedindo ao governo que repense o compromisso de eliminar a energia nuclear, uma vez que isso poderia acarretar mais gastos na importação de combustíveis e prejudicaria ainda mais a já estagnada economia.
O ministro do Comércio, Yukio Edano, que também supervisiona a pasta da Energia, disse que o gabinete do governo aprovou o novo plano energético.
“Mas se podemos nos tornar livres da energia nuclear até a década de 2030 não é algo a ser alcançado apenas por uma decisão de formuladores de políticas.
Depende também da vontade dos usuários, da inovação tecnológica e do ambiente para a energia no âmbito internacional nas próximas uma ou duas décadas.”
O Japão pretende triplicar o uso de energias renováveis, chegando a 30 por cento da sua matriz energética, mas continuará a ser um grande importador de petróleo, carvão e gás.