Os corpos de pessoas dadas como desaparecido durante o regime dedo ex-Presidente Yahya Jammeh, serão exumados tão logo que as investigações sobre estes casos individuais serão concluídas, anunciou esta segunda-feira o ministro gambiano do Interior, Mai Fatty.
“Ainda não acabamos com a exumação dos corpos. Precisamos da vossa ajuda para encontrarmos provas enquanto o inquérito prossegue, porque na Gâmbia cada um é vítima e portanto temos então um longo caminho a percorrer”, indicou Fatty domingo durante uma conferência organizada pelas vítimas da violação dos direitos humanos do antigo regime.
Fatty indicou que a processo de descoberta de cadáveres é sensível.
“Não se trata de exumar apenas um corpo, mas um inquérito claro deve ser realizado. É preciso recorrer-se ao Tribunal, o que necessita de provas tangíveis. É a razão pela qual o processo está muito lento. Criamos uma comissão graças ao qual conseguimos descobrir alguns túmulos. Ainda não está concluído tudo. Restam vários corpos por exumar”, sublinhou.
O governante defendeu que o seu pelouro continua “concentrado” e que os crimes não continuarão “impunes”. “Vamos investigar sobre estas violações dos direitos humanos e haverá consequências”, garantiu o ministro do Interior.
Sob o lema “Refletir sobre a Tirania, Celebrar a Liberdade », associações de defesa dos direitos humanos das vítimas criticaram vivamente o balanço, nesta em matéria, do reinado do ex-Presidente Jammeh durante o qual desapareceram vários Gambianos detidos.