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Governo e sector privado promovem mecanização agrícola em Moçambique

O Governo e o sector privado vão, ao longo das próximas três campanhas agrícolas, colocar à disposição dos produtores em todo o país, 850 tractores novos no âmbito de um esforço conjunto, para a promoção da mecanização agrícola em Moçambique através do Plano Nacional de Produção de Alimentos.

Deste número, 430 tractores correspondem às aquisições directas a serem custeadas pelo Governo e os restantes são resultado da contribuição do sector empresarial privado e da aplicação dos orçamentos de investimento em iniciativas privadas atribuídos anualmente aos distritos. Segundo o director do Centro de Promoção da Agricultura (CEPAGRI), Roberto Albino, citado pelo “Notícias” ‘o exercício em curso tem em vista a renovação do parque de máquinas de forma a dinamizar a produção agrícola.

Albino explicou ainda que 95 porcento dos produtores agrícolas em Moçambique são do sector familiar, sendo os restantes 5 cobertos pelos médios produtores e pelo sector empresarial. No entanto, é com os 95 porcento que o Executivo conta para levar o plano nacional de produção de alimentos a bom porto.

Outrora apontava-se para a existência das chamadas culturas de rendimento e as consideradas culturas eminentemente alimentares, mas para Albino esta designação está prescrita visto que o milho por exemplo, que antes era considerado cultura alimentar, hoje tende a assumir-se como cultura de rendimento, pois muitos camponeses, incluindo os do sector familiar, já o produzem não só com a perspectiva de responder às suas necessidades alimentares como também de coloca-lo nos circuitos da comercialização.

“Hoje, o milho está perfeitamente integrado no mercado. Para nós, quanto maior for o nível de integração dos pequenos produtores no circuito comercial melhor e mais rápido será o estímulo desse segmento ao esquema de produção”, explicou Albino.

Ainda no prosseguimento do seu discurso, Albino disse que o Governo identificou a atracção de investimento nacional, a mecanização agrícola, linhas de financiamento, irrigação e promoção da ocupação efectiva dos perímetros irrigados, sobretudo no sul do país, onde as chuvas não são abundantes como pilares para promover a agricultura comercial em Moçambique.

No que tange à mecanização da agricultura Albino disse que nas duas ultimas campanhas agrícolas foram adquiridos cem tractores com os respectivos atrelados, treze auto combinadas para a ceifa do arroz, cem multicavadoras para alargar as áreas de cultivo e quarenta máquinas debulhadoras para reduzir as perdas pós-colheita e elevar os níveis de produtividade. “Nesta altura temos 220 tractores novos em Tete no âmbito de um programa apoiado pela China. As máquinas já estão a ser entregues aos produtores. Estamos a comprar outras 110 que vão chegar em Janeiro ou Fevereiro de 2011, ou seja, antes do fim desta campanha agrícola”, assegurou Albino.

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