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Governo e rebeldes do Sudão do Sul concordam em negociar cessar-fogo

O governo e os rebeldes do Sudão do Sul firmaram um cessar-fogo nesta terça-feira, disseram os mediadores, porém não havia confirmação imediata de ambos os lados ou sinal de fim dos embates étnicos que devastaram a mais jovem nação do mundo.

Menos de duas horas antes de o acordo ser anunciado, autoridades disseram que milícias leais ao ex-vice-presidente Riek Machar ainda estavam lutando em Bor, a principal cidade no vasto e subdesenvolvido Estado de Jonglei e palco de um massacre étnico em 1991.

“Vamos retomar a parte que perdemos muito em breve”, disse o prefeito de Bor, Nhial Majak Nhial, à Reuters.

Um porta-voz rebelde no Estado vizinho de Unity disse que os rebeldes tinham tomado a cidade. A Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD, na sigla em inglês), formada por países do Leste Africano, afirmou que ambos os lados nomearam equipes para iniciar as negociações.

“O presidente Salva Kiir Mayardit e o doutor Riek Machar concordaram em acabar com as hostilidades e nomear negociadores para estabelecer um cessar-fogo que seja monitorado e implementado”, acrescentou, sem dizer quando qualquer cessar-fogo ou diálogo poderá começar.

Potências ocidentais e regionais têm pressionado ambos os lados para acabar com o conflito que já matou pelo menos 1.000 pessoas, reduziu a produção de petróleo do Sudão do Sul e levantou temores de uma guerra civil no coração de uma região frágil.

Os confrontos eclodiram em 15 de dezembro com a luta entre um grupo de soldados em Juba. A violência rapidamente se espalhou para metade dos dez Estados, dividindo o país entre o grupo étnico Nuer, de Machar, e o Dinkas, ao qual pertence Kiir.

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