A Novos Operadores, uma empresa ligada ao fomento do algodão, no posto administrativo de Corrane, distrito de Meconta, em Nampula, viu-se forçada a interromper as suas actividades na presente campanha agrícola, devido à falta de capacidade técnica e desrespeito aos produtores que operam naquela região.
O governo de Nampula acusa a empresa de falta de honestidade no fornecimento de insumos aos camponeses para o fomento daquela cultura e de prática de outras infracções que atendam contra as normas de produção e processamento daquela que é descrita como uma das maiores fontes de rendimento económico na província.
Falando esta quarta-feira (19), à margem da visita do governador daquela província, Victor Borges, ao sector da Agricultura, o delegado do Instituto Nacional do Algodão de Moçambique (INAM), António Alberto, frisou que a referida firma foi obrigada a parar, enquanto se aguarda pela aprovação da proposta de retirada da licença de concessão dos vários hectares de terra, pelo Ministro da Agricultura e Segurança Alimentar.
Aliás, devido à falta de seriedade de algumas operadoras, o governo não descarta a possibilidade de acabar com o processo de concessões de áreas para o fomento do algodão, que, normalmente, está estipulada para um prazo máximo de sete anos.
Para evitar a queda da produção do chamado ouro branco, o governo da província, através do INAM, assumiu o fomento em todas as regiões onde os concessionários se mostram incapazes e os resultados são ditos como encorajadores na presente safra agrícola, com as estimativas de comercialização estimadas em cerca de 29 mil hectares, contra 23 toneladas da campanha passada.
Dentre as empresas envolvidas neste processo, o destaque vai para PLUXUS que opera no distrito de Eráti, OLAM, em Ribaué e Lalaua, SAM, no distrito Malema e a SANAM, esta ultima que ocupa os distritos de Monapo, Muecate, Nacaroa, Mecuburi, Mogovolas e Moma.
A província de Nampula contribui com cerca de 6o porcento da produção nacional do algodão. Na campanha passada aquela cultura rendeu mais de 280 milhões de meticais aos produtores.