Entretanto, o Governo cabo-verdiano reuniu-se de emergência esta manhã para analisar a situação na Guiné-Bissau, tendo já criado um «gabinete de crise» e preparando-se para a possibilidade de retirada dos cabo-verdianos residentes na Guiné-Bissau em caso de necessidade.
O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, disse hoje à imprensa cabo-verdiana que o seu Governo vai reunir-se e constituir um gabinete de crise composto pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, Defesa, Administração Interna e Justiça para acompanhar a situação na Guiné-Bissau.
«Tendo em atenção para além de ser um país da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), vizinho de Cabo Verde e com qual tivemos uma relação estreita, estamos a acompanhar de perto esta situação», disse o chefe do executivo da Praia.
«Também temos uma importante comunidade cabo-verdiana que é preciso proteger neste momento e tomar todas as medidas preventivas para uma eventual deslocação desta comunidade. A situação é extremamente grave, o Governo está atendo, e o Presidente da República (de Cabo Verde, Pedro Pires) está a acompanhar de perto a situação», acrescentou.