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Governo considera sensível e delicado aumento de tarifas dos semicolectivos

Por o transporte semicolectivo de passageiros, vulgo “chapa-100”, garantir transporte para a maioria da população moçambicana, o Executivo moçambicano considera a proposta de incremento das tarifas deste tipo de transporte colectivo de passageiros “delicado e sensível”.

“O transporte semicolectivo de passageiros é o garante da maioria dos moçambicanos, por isso nós recomendamos à FEMATRO (Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários) que apresente propostas sobre as tarifas com base em zonas, para que elas não sejam iguais em todos os locais”, apelou Manuela Rebelo, vice-ministra dos Transportes e Comunicações, falando num encontro com a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).

Ela recomendou, por isso, àquela agremiação a realização “de um estudo aprofundado dos prós e contras” desta proposta de incremento das tarifas dos chapa-100 “para se poder determinar como e em que momento alterá-las”, falando ainda no encontro promovido pela CTA com vista à auscultação das preocupações dos operadores privados do sector dos Transportes, nomeadamente, marítimo, aéreo e rodoviário, por parte do Ministério dos Transportes e Comunicações.

Relativamente ao encontro, Manuela Rebelo referiu que “a nossa preocupação era ouvir os operadores do sector dos transportes marítimo, aéreo e rodoviário, porque a real intenção é que este sector mostre a sua mais-valia, pois sabemos que sem esta área quase que nada acontece na sociedade”.

Acrescentou que os operadores desta área ”têm questões reais que preocupam a todos nós e achamos que grande parte delas tem possibilidades de serem resolvidas sem grandes transtornos, como é o caso das concessões, cujo processo já foi aprovado, estando-se, agora, na fase de lançamento de concurso público, o que evitaria, a priori’, situações de excesso de velocidade e encurtamento de rotas, porque uma determinada empresa ou número de transportadores terá uma única rota para explorar”, explicou.

Por seu turno, Rogério Manuel, presidente da CTA, disse, a propósito, tratar-se do primeiro encontro com o Ministério dos Transportes e Comunicações, pois desde 2011 não havia este tipo de comunicação com os operadores do sector, acrescentando “acreditar que estamos no bom caminho e, conforme a orientação dada pela governante, temos de fazer encontros sectoriais e não misturar todos os diferentes ramos dos transportes na mesma sala”, apontou aquele dirigente.

No que concerne à subida das tarifas dos transportes semicolectivos de passageiros, o presidente da CTA referiu que o Ministério dos Transportes ainda não respondeu às propostas apresentadas pela FEMATRO para os transportes urbanos e inter-provinciais, realçando, no entanto, haver garantias do Governo de que “teremos, em breve, a resposta sobre essas propostas, embora essa demora não deixa de trazer prejuízos para os transportadores, motivo pelo qual vocês vêem carrinhas de caixa aberta a circular na cidade transportando pessoas”.

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