A Ministra da Justiça, Benvinda Levy, acaba de conferir reconhecimento legal a Associação China-Moçambique Câmara de Comércio. Trata-se de uma associação de natureza social e que prossegue fins não lucrativos, dotada de personalidade jurídica e de autonomia administrativa, financeira e patrimonial.
Segundo consta publicado do Boletim da República (BR) de 14 de Julho, Benvinda Levy conferiu reconhecimento a associação por ter confirmado que a mesma prossegue fins lícitos, determinados e legalmente possíveis. A Associação China-Moçambique Câmara de Comércio, com sede em Maputo, podendo estabelecer delegações noutros pontos do país e no estrangeiro, visa o intercâmbio sócio-cultural entre os seus membros.
Para alcançar este objectivo, a associação propõem-se a promover e encorajar a realização de projectos e acções de apoio ao desenvolvimento social-económico e cultural entre os seus membros; Representar e defender os interesses dos seus membros junto das instituições do Estado e Privadas; e Promover a cooperação com outras associações congéneres nacionais ou estrangeiras. Moçambique e China gozam de excelentes relações diplomáticas e de cooperação em diversas, particularmente a económica.
A China tem em Moçambique cerca de cinquenta empresas, sendo de destacar os sectores de Agricultura e Agro-indústria, Aquacultura e Pescas, Indústria e Construção. A China destaca-se no ranking dos maiores investidores estrangeiros em Moçambique, numa lista onde perfilam os Estados Unidos da América e vários países europeus. A presença de empresas chinesas em Moçambique é mais notória principalmente nas grandes obras como por exemplo a reconstrução dos sistemas de abastecimento de água nas principais cidades moçambicanas.
A China está envolvida na construção do novo estádio nacional, avaliado em cerca de 50 milhões de dólares, além de ter construído o Centro de Conferências Joaquim Chissano e o edifício do Ministerio dos Negocios Estrangeiros e Cooperação, em Maputo. Já houve um tempo em que em Moçambique residiam quase vinte mil chineses, muitos deles representado a terceira e quarta gerações fixadas na então colónia.