O governo da Colômbia e a guerrilha Farc começarão, Segunda-feira (19), uma nova negociação de paz em Cuba, rodeada de moderadas expectativas depois de um histórico de fracassos nas tentativas de pôr fim ao sangrento conflito de quase meio século.
O confronto custou milhares de vidas e provocou o deslocamento de milhões de pessoas, entre diferenças políticas que as partes não conseguiram resolver noutras tentativas anteriores, a última entre 1999 e 2002.
O início das negociações estava inicialmente previsto para a Quinta-feira desta semana, mas foi adiado para acertar de detalhes de última hora.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que começou em segredo o processo de diálogo há quase dois anos, diz que há razão para um “optimismo moderado”, mas as autoridades também advertiram para expectativas pouco realistas.
O governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) negociarão uma agenda de cinco pontos, que inclui desenvolvimento agrário integral, garantias para o exercício da oposição política, fim do conflito, luta contra o narcotráfico e compensação às vítimas.
Apesar dos fracassos do passado, os analistas esperam que o diálogo seja focado mais em sinais de maior flexibilidade de ambas as partes e uma necessidade compartilhada de frear os enfrentamentos armados.