As sessões reservadas a informações do Governo às bancadas parlamentares ou de perguntas e repostas, não só não melhoram, como têm sido extremadamente negativas e para esquecer. O que se viu desta vez, entre quarta e quinta-feira, foi o de sempre, um Executivo a falar, conforme lhe compete, o politicamente correcto, e a fechar-se em copas, evitando assumir até que o país está a incendiar-se aos poucos, as acções de combate ao crime são ineficazes e algumas empresas públicas servem mais interesses dos seus dirigentes do que a prestação de serviços públicos. Os deputados “salivaram” até de forma insistente mas para nada. Numa avaliação de zero a 20, o desempenho do Executivo não passa de sete valores.
A Renamo e o MDM não fugiram à regra e reprovaram o Governo e tudo o que disse, tendo a facção política que anda em confrontos verbais e aos tiros com o partido no poder e o Executivo prometido uma moção de censura. A Frelimo, obviamente, aplaudiu o que para os outros é matéria para jogar no lixo.
Na quinta-feira (05), dia reservado a perguntas de insistência, o Governo voltou a dar banhada a todos ao responder sem novidade, profundidade e consistência às três questões colocadas.
Enquanto Manuel Bissopo, deputado da Renamo e membro da Comissão Permanente da Assembleia da República (AR), considerava que o seu partido não vai entregar os instrumentos bélicos em sua posse, até porque há décadas que não se consegue, Hélder Injonjo, da bancada da Frelimo, pedia para que Procuradoria-Geral da República (PGR) verificasse a legalidade da existência da “Perdiz” por recorre ao seu bração armado para supostamente matar inocentes. Por sua vez, o MDM mostrou-se desiludido por a sua questão ter sido respondida superficialmente.