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Governador chinês do Tibet ordena controle mais duro da Internet

O principal dirigente chinês do Tibet instou as autoridades a controlar com mais firmeza a Internet e os celulares, reportou a imprensa estatal, esta Quinta-feira, reflectindo os temores de inquietação do governo antes da sessão anual do Legislativo.

A decisão é a mais recente duma série de medidas que o governo afirma ter adoptado para manter a estabilidade, depois duma onda de suicídios e protestos contra o controle chinês das áreas de população tibetana no país.

O anúncio significa que as comunicações via celular e Internet serão monitoradas e censuradas com ainda mais rigor.

Chen Quanguo, que foi apontado pelo Partido Comunista chinês para governar o Tibet em Agosto passado, instou as autoridades de todos os níveis a “elevar o seu alerta quanto à manutenção da estabilidade”, antes da sessão anual do Congresso Nacional do Povo, de acordo com o jornal oficial Tibet Daily.

A sessão do Legislativo chinês, desprovido de poderes reais, começará, próxima Segunda-feira. “Os celulares, a Internet e outras medidas para a administração de novas redes precisam de ser implementadas plenamente a fim de defender o interesse público e a segurança nacional”, disse Chen.

A China adoptou uma segurança mais dura naquilo que define como Região Autónoma do Tibet e noutras áreas de população tibetana no país, depois de incidentes nos quais pessoas atearam fogo a elas mesmas e de protestos contra o domínio chinês, especialmente nas províncias de Sichuan e Gansu.

Março é um período especialmente delicado para o Tibet, porque será o quinto aniversário de uma onda de tumultos violentos na região.

De Março de 2011 até agora, 22 tibetanos imolaram-se em protesto; acredita-se que 15 deles tenham morrido devido aos ferimentos, de acordo com os grupos de defesa dos direitos humanos.

A maioria desses protestos foi realizada por monges budistas. Chen também prometeu “esmagar completamente as forças hostis”, que disse serem lideradas pelo Dalai Lama, e deu a entender que não relaxará a postura dura do governo quanto à região, imposta por seu predecessor Zhang Qingli.

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