Cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) deverá ser a contribuição da empresa Gigawatt Moçambique participada em 42% por uma holding sul-africana e a restante percentagem detida por duas companhias moçambicanas, entre as quais a INTELEC, com 26%.
Os accionistas daquelas firmas injectaram na Gigawatt Moçambique cerca de 230 milhões de dólares norte-americanos para construção de uma central eléctrica, no posto administrativo de Ressano Garcia, província do Maputo, para fornecer este recurso à empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM) para comercializá-la dentro do país e na África Austral.
A energia será produzida a partir do gás natural de Temane e Pande, na província meridional de Inhambane, segundo Castigo Langa, Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Gigawatt Moçambique, ajuntando que a geração de energia para a EDM conferirá “estabilida de” à rede de fornecimento de energia no Sul de Moçambique.
Dois outros empreendimentos
Entretanto, o ministro da Energia, Salvador Namburete, revelou ao Correio da manhã que mais dois outros empreendimentos deverão ser aprovados, “dentro em breve”, para uso do gás natural de Temane e Pande na produção de energia eléctrica para Moçambique e para o resto da região Austral de África, através também da EDM.
Refira-se, entretanto, que a Gigawatt Moçambique tem licença de concessão de produção de energia eléctrica de 25 anos, num projecto animado aquando da construção do pipeline de gás natural de Ressano Garcia, em 2004, e rede de distribuição de energia eléctrica, cujas obras foram concluídas em 2005 e já estão a fornecer este recurso energético à Mozal e à fábrica de Cimentos de Moçambique.
Em 2007, foi autorizada pelo Governo a montagem de um sistema de gás natural comprimido, incluindo pontos de enchimento de veículos que permitem que cerca de 30 indústrias das cidades de Maputo e Matola e um número significativo de autocarros estejam a usar o gás natural limpo de Temane e Pande.