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General do Exército congolês acusado de venda de armas a grupos rebeldes

O general congolês Gabriel Amisi, comandante das tropas de Infantaria no leste da República Democrática do Congo (RDC), figura na lista das pessoas acusadas de distribuir armas a um movimento rebelde nesta região do país, segundo um novo relatório de peritos da ONU transmitido, Quinta-feira (22), à PANA em Kigali.

O relatório da ONU divulgado, Quarta-feira, em Nova Iorque, indica que o general Amisi supervisionou uma rede de distribuição de armas e de munições a grupos criminosos e aos rebeldes que operam em várias aldeias e nas florestas isoladas ricas em recursos mineiros no leste da RD Congo.

Segundo o relatório divulgado após a tomada de controlo de Goma pelos rebeldes do M23, o general Amisi supervisionou e distribuiu armas de caça aos caçadores furtivos do parque nacional de Volcans em troca de avultadas somas de dinheiro.

Entre os grupos armados que operam no leste da RD Congo que receberam armas figuraria o Raia Mutomboki, uma milícia congolesa acusada de atrocidades nesta região.

O relatório cita igualmente o movimento rebelde hutu rwandês das Forças Democráticas para a Libertação da Ruanda (FDLR), que teria beneficiado do apoio logístico do general Amisi.

Além disso, segundo fontes concordantes, a rebelião do M23 continuava, Quinta-feira, a sua ofensiva em várias localidades do leste da República Democrática do Congo, dirigindo-se para o centro comercial de Miyove, cruzamento principal para a cidade de Bukavu, capital da província do Kivu-Sul.

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