A exploração de gás natural, descoberto na Bacia do Rovuma, norte de Moçambique, poderá gerar uma receita anual superior a 10 biliões de dólares, anunciou nesta quarta-feira (4), a ministra dos recursos minerais, Esperança Bias.
“Foram até aqui avaliadas reservas de mais de 75 triliões de pés cúbicos (TCF) para a Área 4 e mais 95 TCF para a Área 1, estando-se no processo de elaboração do plano optimizado da extracção deste recurso por forma a permitir a construção, instalação e operação de quatro unidades de Gás Natural Liquefeito com uma capacidade total anual de 20 milhões de toneladas, o que poderá representar um valor de receitas anual superior a 10 biliões de dólares”, disse a ministra.
Explicou que as reservas de gás natural já provadas nesta bacia, que fazem com que Moçambique se situe entre os 10 países com maiores quantidades deste tipo de hidrocarbonetos, permitirão a instalação de unidades adicionais de Gás Natural Liquefeito (GNL) e de outras indústrias que utilizam este recurso como matéria-prima.
A ministra, que falava durante a sessão de abertura do 28º Conselho Coordenador da instituição que dirige, disse o governo moçambicano já está a preparar um Plano Director do Gás Natural e que visa inventariar e identificar as potencialidades destes recursos.
A partir deste Plano serão traçadas linhas de orientação sobre a melhor forma da sua utilização, para consumo interno e para exportação, de modo a maximizar os benefícios a serem retirados em prol do desenvolvimento socio-económico do país.
Segundo Bias, as descobertas massivas de gás natural comprovam que o país tem elevadas potencialidades pela sua procura crescente no mercado internacional e principalmente devido ao seu baixo impacto ambiental.
Uma das provas é o aumento de produção e consumo do gás natural dos jazigos de Pande e Temane, no sul do país, que serve de combustível e geração de electricidade.