O director de Energia e Infraestrutura do Grupo Standard Bank, Paul Taylor, considera que o Gás Natural Liquefeito (GNL) de Moçambique pode desempenhar um papel importante no suprimento do défice que se regista no mercado global, resultante do conflito Rússia-Ucrânia, que reduziu a disponibilidade deste importante recurso energético em cerca de 120 milhões de toneladas.
Paul Taylor falava recentemente, na cidade de Maputo, durante a nona edição anual da Cimeira e Exposição de Gás e Energia (MGES, sigla em inglês), que reuniu diversos intervenientes, entre nacionais e internacionais, do sector com o objectivo de debater sobre as diversas oportunidades de investimento que o País oferece nas áreas de mineração, energia, e petróleo e gás.
Integrante do painel que discutiu sobre o “Financiamento de Projectos: Novas Estruturas e Estratégias Inovadoras de Apoio à Extensão de Projectos de Energia”, o director de Energia e Infraestruturas do Grupo Standard Bank referiu-se, igualmente, à relevância do país no sector energético da região, principalmente na África do Sul, que atravessa um momento de crise.
“A África do Sul está a enfrentar uma crise energética, necessitando de 60 a 70 gigawatts de energia, e acreditamos que o GNL moçambicano pode desempenhar um papel importante no alcance da segurança energética no país vizinho”, sublinhou Paul Taylor.
A MGES constitui uma importante plataforma para atrair investimento para algumas das principais áreas de desenvolvimento do país, nomeadamente: infraestruturas, energia eléctrica, mineração, e petróleo e gás, entre outras. Ao associar-se a este evento, o Standard Bank pretende estimular o debate sobre temas relevantes para o desenvolvimento sustentável do sector no país, e contribuir, por essa via, na busca de soluções para os actuais desafios, como é o caso da transição energética para energias mais limpas e “amigas do ambiente”.