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Garimpo ilegal e narcotráfico desafiam a polícia em Cabo Delgado

A comandante provincial da Polícia, na província nortenha de Cabo Delgado, Dora Manjate, reconhece o garimpo ilegal e o narcotráfico como fenómenos novos com os quais a corporação que dirige deve lidar e tomar medidas para impedir o seu alastramento.

Manjate disse que, paralelamente ao garimpo ilegal que incentiva a imigração ilegal, está também a ganhar terreno o negócio de droga pesada, na área administrativa de Namanhumbir no distrito de Montepuez.

Dora Manjate, citada pelo jornal “Notícias” explicou que o garimpo é praticado por cidadãos estrangeiros, na sua maioria africanos com destaque para os de nacionalidade tanzaniana.

“Em conexão com estas acções ilegais detivemos 44 estrangeiros de várias nacionalidades e apreendemos 12 viaturas, das quais duas foram entregues à Direcção Provincial dos Recursos Minerais, por envolvimento directo no garimpo”, disse a comandante da Policia.

Foram também apreendidas 22 motorizadas, das quais sete foram devolvidas aos respectivos proprietários, depois de se lhes ter sido aplicadas multas por envolvimento no garimpo ilegal.

Nas suas acções, a policia apreendeu 492 gramas de pedras semi-preciosas, oito sacos de areia mineral, nove ceifas, oito telefones, três picaretas, quatro balanças electrónicas, cinco alicates, igual número de laminas, três maquinas calculadoras, uma lente, entre outros objectos.

Segundo Manjate, a imigração ilegal, através dos distritos nortenhos de Palma, Mueda e Mocímboa da Praia, que nos primeiros meses do ano passado era massiva foi controlada. Sobre este fenómeno, os dados indicam a entrada de 15.179 ilegais durante o ano de 2011.

“Deste número, 7.388 foram encaminhados para o Centro de Refugiados de Maratane, em Nampula, 7.791 repatriados por não possuírem requisitos exigidos para o pedido de asilo em Moçambique.

Para reforçar a vigilância nos pontos de entrada, Manjate disse que a corporação criou mais dois postos policiais junto à foz do rio Rovuma.

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