A segurança marítima na zona do Canal de Moçambique revela uma certa estabilidade graças a presença de uma força conjunta na região que integra Moçambique, África do Sul e França.
Esta garantia foi dada nesta sexta-feira (6) em Maputo pelo Capitão da fragata francesa “Nivôse”, Comandante das Forças Armadas Francesas para a Zona Sul do Índico (FAZSOI), no fim de uma visita de dois dias a Moçambique, iniciada na quinta-feira.
“Neste momento a situação é estável aqui na zona do Canal de Moçambique. Continuaremos a manter a nossa presença para que eventuais perturbadores da segurança pública saibam que estamos cá presentes e que as forças de acção conjunta estão prontas a dar uma resposta para aqueles que queiram efectuar acções ilegais”, disse Hogard, em conferência de imprensa, que marcou a conclusão de um exercício militar designado “OXIDE2013” que vinha decorrendo há uma semana no Canal de Moçambique.
O “OXIDE” é um exercício multinacional que visa reforçar as condições de segurança na zona do Canal de Moçambique.
Hogard aproveitou a sua presença no país para abordar questões ligadas a cooperação militar com as autoridades moçambicanas de Defesa e Segurança ao mais alto nível. Falando da sobre da sua visita e da fragata francesa de patrulha “Nivôse” ao país, Hogard explicou que visa melhorar a interoperabilidade entre as forças armadas francesas e moçambicanas em matérias ligadas à segurança marítima.
“Nesta fragata, temos dois oficiais moçambicanos que estiveram a trabalhar connosco durantes os sete dias que escalamos o Canal. Esta cooperação não é só na área da marinha. Dentro de alguns dias vamos receber quatro oficiais cadetes moçambicanos que irão se deslocar para as Ilhas Reunião num novo centro de treinos, onde poderão aperfeiçoar a sua experiência”, disse o Capitão.
Por seu turno, o vice-Ministro moçambicano de Defesa, Agostinho Mondlane assegurou que este exercício militar é um bom princípio para a segurança moçambicana porque permite a reciclagem das tropas na costa na região costeira.
“A cooperação entre nós e a França é feita no âmbito de refrescamento das tropas de formação conjunta e troca de experiências para enfrentarmos as ameaças que se fazem na costa Oriental de África. No entanto, estamos sempre preparados para responder à uma eventual situação de ameaça ao nosso país”, disse Mondlane.
As edições anteriores do exercício militar “OXIDE” eram âmbito bilateral, integrando apenas a França e a África do Sul, tendo pela primeira vez contado com a participação de Moçambique no corrente ano. Estes exercícios têm como objectivo consolidar a cooperação entre as marinhas dos países da região na luta contra a pirataria e outras ameaças à segurança marítima.
