Gana resolveu o impasse sobre o pagamento aos jogadores pela participação no Campeonato Mundial de Futebol, na véspera do último jogo pelo Grupo G contra Portugal, depois da intervenção do presidente do país africano, John Mahama, disseram a Associação Ganesa de Futebol (AGF) e o técnico Kwesi Appiah, esta quarta-feira (25).
Os africanos não treinaram na terça-feira em Brasília por causa do impasse e várias reuniões foram feitas com os jogadores para debater a questão. Appiah, cuja equipe enfrenta Portugal na quinta precisando de uma combinação de resultados para ir às oitavas de final, disse que o dinheiro estava a caminho da capital brasileira num avião.
“Há algumas questões em relação ao dinheiro e a gerência e o governo do país estão a tentar resolver, com esperança tudo vai se resolver dentro de duas ou três horas”, disse ele a jornalistas.
Appiah disse que “os jogadores me matariam” se ele revelasse quanto dinheiro era devido a eles e acrescentou que os atletas exigiram dinheiro vivo, uma vez que muitos não possuem conta bancária em Gana.
O técnico também disse que a situação o fez passar várias noites em claro e deveria ter sido resolvida há muito tempo. O meia Christian Atsu descartou a possibilidade de os jogadores boicotarem a partida de Portugal se o dinheiro não chegar.
“Esse jogo é muito importante para o nosso país e colocamos tudo no passado”, disse o jogador. “Seria mau se perdêssemos a partida, as pessoas iriam pensar que foi por causa do dinheiro. Não temos escolha se não fazer nosso país orgulhoso”, afirmou.
“Agora estamos no maior torneio do mundo e mesmo se não tivermos o dinheiro, estamos nesse torneio, todo o mundo está a assistir e o jogo de amanhã é muito importante.”
A AGF disse em comunicado: “Queremos assegurar ao público em geral que depois da intervenção do presidente Mahama, os jogadores estão motivados antes da partida da quinta-feira contra Portugal pelo Grupo G.”