A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) deverá continuar a ser dirigido por um europeu, em caso de renúncia de Dominique Strauss-Kahn.
“Na actual fase, que também é marcada por debates sobre o euro, há boas razões para que a Europa disponibilize bons candidatos”, disse Merkel, esta segunda-feira, em Berlim, em resposta a uma questão sobre um futuro chefe do FMI.
A chanceler sublinhou também, no entanto, que “não se devem fazer suposições” sobre a eventual culpa de Strauss-Kahn, no caso de alegada tentativa de violação de que está a ser acusado nos EUA, “antes de se concluir um processo jurídico”.
Na opinião de Merkel, de momento, a substituição de Strauss-Kahnn “não está na ordem do dia, e é preciso esperar pelos desenvolvimentos” do caso que está a abalar o mundo financeiro. Simultaneamente, a chefe do Governo alemão admitiu que também há países emergentes que “a médio prazo” podem aspirar a ver um candidato seu à frente do FMI.
O italiano Mario Draghi, apontado como o grande favorito para assumir a presidência do Banco Central Europeu (BCE), “não está interessado” em suceder a Strauss-Kahn na presidência do FMI.
A garantia foi dada esta segunda- feira por um porta-voz do Banco de Itália, instituição liderada por Mario Draghi, citado pela agência noticiosa AFP.
Dominique Strauss-Kahn (62 anos de idade), directorgeral do FMI e candidato socialista favorito nas sondagens para as presidenciais francesas de 2012, foi acusado esta segunda-feira formalmente de agressão sexual e de tentativa de violação.
Strauss-Kahn foi detido no sábado, no aeroporto JFK de Nova Iorque, quando já estava dentro de um avião com destino a Paris.