Um funcionário, supostamente reincidente, encontra-se detido, desde esta segunda-feira (15), na cidade da Beira, província de Sofala, após ser surpreendido na posse de pelo menos 500 filmes de radiografia roubados no Hospital Central da Beira (HCB).
Para lograr os seus intentos, durante a madrugada, o acusado, afecto aos serviços de limpeza, deitou a abaixo o vidro de uma das janelas da sala onde o material em questão estava guardado.
Suspeita-se que ele pretendia vender às clínicas privadas e acredita-se ainda que o mesmo faz parte de uma rede de funcionários daquela unidade sanitária, envolvidos no roubo sistemático do material hospital, incluindo medicamentos. O acusado foi apanhado pelos vigilantes quando já se preparava para abandonar o local do crime, escalando o muro do HCB.
Ele disse que quando se apoderou dos filmes de radiografia julgava que fosse algodão e já tinha clientes à espera para comprarem.
“Parti o vidro da janela onde são guardados os filmes, apanhei algumas caixa guardadas e levei o que nelas havia mas não sabia que eram filmes de radiografia. Pensei que fosse algodão porque por vezes parecem cliente. Para os filmes, ainda não tinha clientes”, contou.
Daniel Macuácua, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Sofala, disse que o caso está a ser investigado para se apurar uma possível conivência de outros trabalhadores.
Enquanto isso, na Zambézia, pelo menos 10 professores de escolas públicas estão também a contas com as autoridades policiais, incriminados de falsificação de documentos para efeitos de suporte da sua vinculação com o Estado nos estabelecimentos de ensino onde estavam afectos.
Miguel Caetano, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) na Zambézia, disse à imprensa que os visados já foram julgados e condenados pelo Tribunal Judicial local.
