O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) afirma pretender questionar, esta quarta-feira, o Governo sobre a origem da verba que está a usar para contenção do aumento dos preços do pão, água e energia no mercado, cujo agravamento provocou manifestações violentas da população moçambicana nos passados dias 1 e 2 de Setembro de 2010.
“Queremos saber a origem do dinheiro porque não foi aprovado aqui na Assembleia da República”, explicou José de Sousa à saída de um encontro da sua bancada parlamentar que esteve reunida em preparação das perguntas ao Governo e acertar o seu posicionamento a assumir durante os trabalhos da segunda sessão ordinária da Assembleia da República a arrancar esta segunda-feira, em Maputo.
A preocupação do MDM está inserida na grande pergunta que aquela formação política irá fazer amanhã ao Governo sobre o seu plano contra o elevado custo de vida no país, mesmo questionamento a ser feito pela FRELIMO e RENAMO na mesma sessão de trabalho da AR marcada para amanhã.
“Vamos questionar o Executivo sobre o plano que tem para inverter a situação”, indicou ao Correio da manhã Arnaldo Chalawa, porta-voz da perdiz, cuja bancada parlamentar também esteve reunida, sexta-feira última para preparar a sessão de abertura da segunda sessão ordinária do Parlamento e as perguntas a serem feitas ao Governo sobre a carestia da vida.
Ouvido igualmente pelo jornal sobre o que espera desta sessão, Damião José, porta-voz da FRELIMO, destacou a apresentação do informe do estado actual da nação moçambicana pelo Chefe do Estado, Armando Guebuza, e apresentação pelo Governo da proposta do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado de 2011 para ser aprovado pelo Parlamento.
Refira-se que os trabalhos da segunda sessão ordinária da AR irão decorrer desde esta segunda-feira, dia 18 de Outubro, até finais de Dezembro de 2010.