Enquanto a FRELIMO defende a criação, pelo MDM, de Daviz Simango, de uma bancada parlamentar, através da supressão do número mínimo de 11 deputados a eleger por cada formação concorrente às eleições legislativas, a RENAMO saúda a condenação a 20 anos de cadeia do antigo ministro dos Transportes e Comunicações, António Munguambe, acusado de corrupção.
A chefe da bancada maioritária, Margarida Talapa, justificou a posição da sua formação política dizendo que a representatividade das bancadas parlamentares decorre directamente da representação das forças políticas na Assembleia da República (AR) em resultado do sufrágio. A FRELIMO é igualmente pela revisão da Legislação Eleitoral para que a mesma reflicta o estado de desenvolvimento do país, que consolide a paz e reforce o estado de direito democrático. Enoque Discursando na abertura dos trabalhos da primeira sessão ordinária da AR, esta segunda-feira iniciados em Maputo, Talapa prestou homenagem às vítimas das cheias e seca, em Moçambique, e as populações do Haiti, Perú, Chile, da ilha da Madeira e dos vários países da Europa e Ásia vítimas de terramotos, chuvas torrenciais, vagas de frio e outras calamidades naturais.
Por seu turno, Maria Angelina Enoque, chefe da bancada parlamentar da RENAMO, saudou, no seu discurso lido também por ocasião do início dos trabalhos do Parlamento, a recente condenação a 20 anos de cadeia, com pena suspensa devido ao recurso interposto junto do Tribunal Supremo, de António Munguambe, antigo ministro dos Transportes e Comunicações. “A condenação que sirva de exemplo para outros dirigentes governamentais para deixarem de aproveitar dos seus cargos para roubar dinheiro do povo”, apelou Enoque, condenando também o aumento do índice de criminalidade nas principais cidades moçambicanas com destaque para Maputo, onde em menos de um mês morreram baleados seis agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM).
A primeira sessão ordinária da Assembleia da República comporta 29 pontos de agenda sendo de destacar a informação do Governo e anual do Procurador-Geral da República, bem como a apresentação e discussão do Plano Económico e Social do Governo para 2010, para além da proposta do programa quinquenal do Governo para 2010/ 2014, entre outros pontos.