A Frelimo, que já em plena pré-campanha eleitoral, conta com novas brigadas centrais para assistência às províncias, desde a última quarta-feira (13). Alguns políticos foram movimentados de uma província para outra e outros foram nomeados pela primeira vez.
O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, que comandava a briga do Niassa, é um dos membros da Comissão Política afastados da chefia das referidas brigadas centrais.
O @Verdade entende que Carlos Agostinho do Rosário continuará a fazer a máquina administrativa funcionar, enquanto os restantes membros do Governo se empenham em garantir a vitória da Frelimo e do seu candidato nas eleições gerais de 2019. Ele coadjuvará ainda o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, a prestar explicações necessárias em torno das dívidas ilegais.
Para além de Carlos Agostinho do Rosário, Alberto Chipande, Eneas Comiche, Verónica Macamo, Raimundo Pachinuapa, Manuel Tomé, Tomás Salomão, Ana Rita Sithole e Nyeleti Mondlane já não são chefes de brigadas centrais da Frelimo.
Aliás, Manuel Tomé disse à RM, à TVM e ao Notícias – órgãos públicos que, apesar de funcionarem com base nos fundos do Estado, ou seja, com os impostos do povo fazem propaganda a favor da Frelimo e do Governo – que a imagem da Frelimo está manchada por conta das dívidas ilegais, supostamente porque as redes sociais fazem e desfazem.
“Ninguém questiona o autor numa rede social. Pode dizer o que quer, escrever o que quer, se quiser insultar, insulta, etc, etc. Nós estamos com problema que é a lei sobre as transacções electrónicas”, cujo regulamento ainda não foi aprovado. “Quem tem que propor o regulamento é o Governo. Nós temos que pedir ao Governo para trabalhar de forma mais célere nesta questão”, afirmou Manuel Tomé.
Celso Correia, membro do Comité Central e ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, foi indicado director da campanha da Frelimo para as eleições presidenciais, legislativas e províncias de 15 de Outubro. O governante assumiu posição idêntica nas eleições gerais de 2014, quando ele ainda era PCA do Banco Comercial e de Investimento (BCI).
Com a nova decisão da Comissão Política, as brigadas centrais passam a ser dirigidas pelas seguintes figuras:
Cidade de Maputo – Esperança Bias e Bruno Morgado;
Província de Maputo – Carmelita Namashulua;
Província de Gaza – Conceita Sortane e Arlindo Chilundo;
Província de Inhambane – Alcinda de Abreu e Chakil Abubacar;
Província de Sofala – Sérgio Pantie e Celmira da Silva;
Província de Manica – Filipe Paúnde e Leonor das Neves;
Província de Tete – Luísa Diogo e Eduardo Mariano Abdula;
Província de Zambézia – Basílio Monteiro;
Província de Nampula – Margarida Talapa e Carlos Mesquita;
Província de Cabo Delgado – Eduardo Mulémbuè e Cidália Chaúque;
Província de Niassa – Aires Ali e Atanásio M’Tumuke.
Da nova lista dos chefes das brigadas centrais, Carmelita Namashulua e Luísa Diogo são os únicos nomes que não fazem parte da Comissão Política da Frelimo.
Ainda na reunião de quarta-feira, a Comissão Política da Frelimo criou o gabinete central de preparação das eleições, dirigido pelo secretário-geral do partido, Roque Silva.
Manuel Tomé, que liderava a brigada central da Zambézia, passa a chefiar a Mobilização e Comunicação, tendo como adjunto Caifadine Manasse, porta-voz do partido.