A ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, foi eleita nesta terça-feira diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), mantendo a hegemonia da Europa no principal posto do organismo.
Ela começa seu mandato de cinco anos em 5 de julho, no meio à escalada da crise de dívida grega e a crescentes temores de que Atenas entre em default. “O conselho executivo, após considerar todas as informações relevantes dos candidatos, elegeu a sra. Lagarde por unanimidade”, afirmou o FMI em comunicado.
Lagarde, de 55 anos, é a primeira mulher a chefiar o FMI, sucedendo Dominique Strauss-Kahn, que renunciou em maio para defender-se de acusações de abuso sexual a uma camareira de um hotel em Nova York.
A vitória de Lagarde sobre o presidente do banco central do México, Agustín Carstens, foi garantida após os Estados Unidos e economias emergentes como China, Brasil e Rússia declararem apoio à francesa. Ela terá que lidar imediatamente com os esforços do Fundo e da União Europeia para manter a Grécia de pé e concentrar-se em relatórios do FMI potencialmente preocupantes sobre a economia e ações de política das principais potências globais. “O excepcional talento da ministra Lagarde e sua ampla experiência oferecerão uma liderança de valor inestimável a esta indispensável instituição num momento crítico para a economia global”, disse em comunicado o secretário de Tesouro dos EUA, Timothy Geithner.