A França rompeu com os seus aliados europeus, esta Terça-feira (13), ao reconhecer oficialmente a nova coligação de oposição da Síria e afirmou que vai considerar armar os rebeldes uma vez que vão criar um governo temporário.
Os grupos de oposição chegaram a um acordo em Doha, Domingo, para formar uma ampla coligação a fim de derrubar o presidente sírio, Bashar al-Assad, após 20 meses de uma revolta contra o seu regime.
Os chanceleres árabes e da União Europeia saudaram a formação da coligação num encontro no Cairo, esta Terça-feira, como um importante passo adiante, mas não reconheceram o movimento.
“Anuncio hoje que a França reconhece o Conselho Nacional Sírio como o único representante legítimo do povo sírio e como o futuro governo de uma Síria democrática, tornando possível trazer um fim ao regime de Bashar al-Assad”, disse o presidente francês, François Hollande, em entrevista colectiva em Paris.
A França, um dos países mais críticos a Assad, havia descartado armar as forças rebeldes anteriormente, preocupada de que as armas poderiam cair nas mãos de islâmicos radicais.
Hollande sugeriu que essa postura pode mudar agora. “Sobre a questão de entregar armas, a França não apoiava por não estar claro para onde essas armas poderiam ir”, disse Hollande.
“Com a coligação, uma vez que é um governo legítimo da Síria, essa questão será analisada pela França, mas também por todos os países que reconheçam esse governo.”
A França foi o primeiro país a reconhecer oficialmente o governo de transição da Líbia como uma alternativa ao líder Muammar Khadafi, também rompendo com os seus parceiros europeus naquele momento.
O Conselho de Cooperação do Golfo reconheceu a nova coligação síria, Segunda-feira.
