As autoridades da França anunciaram nesta quarta-feira que identificaram as 129 pessoas mortas nos atentados registados em Paris na última sexta-feira, além de já terem entregue os restos mortais de cerca de 100 vítimas aos familiares.
No seu último balanço, divulgado ontem, o Ministério da Saúde afirmou que dos 352 feridos nos ataques, 221 seguem hospitalizados, 57 deles em estado grave. Os demais já receberam alta.
O governo francês indicou ontem, no resumo publicado após o Conselho de Ministros, que a Procuradoria deve finalizar as autópsias antes do fim da semana.
As autoridades também afirmaram que nas noites de domingo e da última segunda-feira, dentro das acções proporcionadas pelo estado de emergência decretado após os atentados, foram realizadas 296 batidas, nas quais foram encontradas 40 armas.
Além disso, 33 pessoas foram detidas, e o Ministério do Interior determinou que outras 114 pessoas sejam mantidas em prisão domiciliar. Por outro lado, o governo francês indicou que, na noite dos atentados, foram mobilizados 4.130 agentes, 2.500 deles policiais e 590 militares, além de servidores de saúde.
Desde então, foram colocadas nas ruas do país 58 mil policiais e 50 mil gendarmes (polícia militarizada), tanto em trabalhos de investigação como de aumento da segurança e protecção das fronteiras.
O dispositivo militar que vigia as principais cidades do país também aumentou, passando de 7 mil para 10 mil homens. O Conselho de Ministros reiterou que os atentados são “actos de guerra abomináveis” que exigem “uma resposta implacável à altura do ataque que sofreu o país”.