O licenciamento de viaturas de 15 lugares para o transporte semi-colectivo de passageiros, “chapa”, na cidade de Maputo, capital de Moçambique, retomado no início do mês, está a ser caracterizado por uma fraca adesão por parte dos operadores.
A maior parte dos que se dirigem à Direcção Municipal dos Transportes e Trânsito desde que o processo recomeçou vai se informar dos requisitos necessários para a obtenção da licença, de acordo com fonte competente.
No momento do pedido da licença os operadores devem apresentar, entre outros documentos, o seguro, a ficha de inspecção e o registo da actividade feito nas Finanças.
Apesar da fraca procura, Carlos Diante, director municipal dos Transportes e Trânsito, em conversa com o jornal Noticias, mostrou-se confiante na mudança do cenário nos próximos dias.
Até Sexta-feira (20), quase 15 dias depois da retomada do licenciamento daquele tipo de viaturas, apenas haviam sido emitidas 30 licenças, de acordo com o responsável.
Contudo, o director advertiu que daqui a algum tempo a Polícia Municipal vai começar a “caçar” as viaturas sem licença. A atribuição de licenças aos “chapa” de 15 lugares havia sido suspensa em Setembro de 2004.
Na altura, o Município alegou que este tipo de viaturas concorria para o congestionamento do tráfego rodoviário e frequentemente violava as regras de trânsito.
As autoridades invocaram ainda a necessidade de conferir maior comodidade e segurança aos passageiros.
Os “chapas” de 15 lugares foram igualmente banidos das rotas que ligam Matola e a cidade de Maputo.
Contrariamente ao que se esperava, que os operadores introduzissem viaturas de maior capacidade, a capital continuou a acolher “chapas” daquele tipo, cenário que vem piorando desde 2008.
Actualmente, estima-se que a capital tenha cerca de 700 “chapas”, dos quais volta de 200 são ilegais.