O piloto australiano da Red Bull venceu o Grande Prémio da Hungria em Fórmula 1 e assumiu a liderança do campeonato do Mundo de Pilotos, com quatro pontos mais do que Lewis Hamilton que sofreu um problema mecânico na 24ª volta e foi obrigado a retirar-se da corrida. Vitaly Petrov, o primeiro piloto russo na Fórmula 1, conseguiu o seu melhor resultado do ano conquistando o quinto lugar.
Como é tradicional em Hungaroring, o dia da corrida teve muito sol e calor, com temperatura ambiente de 28ºC. Circuito com pouquíssimos pontos de ultrapassagem, as emoções normalmente acontecem na partida. E foi aí que houve troca de posição. Vettel manteve a liderança, mas Webber, que saía pelo lado sujo, perdeu a segunda posição para Alonso. Massa manteve-se em quarto e Hamilton passau por Petrov por fora para assumir a quinta posição.
A corrida, então, entrou na tradicional fila indiana de Hungaroring, com Vettel destacado na frente, e Alonso mantendo Webber em terceiro. Massa vinha em quarto, já mais distante. O cenário permaneceria inalterado até a 15ª volta, quando um pedaço da asa dianteira de Liuzzi apareceu no meio da pista após uma disputa com Button.
A direção de prova achou melhor colocar o safety car na pista, o que provocou uma ida maciça às boxes para as pit stops. Webber, no entanto, permaneceu na pista e assumiu a liderança. Vettel caiu para segundo, com Alonso em terceiro. Massa perdeu a quarta posição para Hamilton. Uma série de trapalhadas nas boxes foi o destaque do momento da corrida: a Renault deu ordem de partida a Robert Kubica no momento errado e ele bateu em Adrian Sutil.
Um pouco antes, a Mercedes não prendeu bem a roda traseira direita de Nico Rosberg, que soltou-se e forçou o alemão a abandonar. Na 18ª volta, o safety car entrou nas boxes, e Webber manteve a primeira posição na relargada.
Vettel, por sua vez, cometeu um erro primário ao deixar o australiano com vantagem de dez carros entre eles após a saída do carro de segurança. A direção de prova anunciou a investigação do incidente e puniu o alemão na 29ª passagem. Antes de cumprir a sanção, ele começou a andar rápido para tentar livrar-se do espanhol da Ferrari.
Com voltas em ritmo de treino classificatório, Webber abria uma enorme vantagem em relação a Alonso, mesmo com seus pneus supermacios já muito desgastados. Vettel entrou nas boxes na 32ª volta para cumprir o drive through, mas só perdeu uma posição e caiu para terceiro. Nesta altura, o australiano já tinha 16s1 de frente, mas ainda precisaria de pelo menos mais dois segundos para fazer o pit stop.
Na volta 41, já com 23 segundos de vantagem, a RBR avisou Webber que a vantagem já era suficiente para fazer a sua pit stop e sair na frente. Após duas passagens, o australiano entrou nas boxes, colocou os pneus duros e voltou na frente de Alonso com uma boa margem.
Nesta altura, o espanhol já tinha Vettel, irado com a punição que recebeu, nos seus calcanhares. Embora estivesse perto, Vettel não conseguia colocar seu carro em condições de ultrapassar Alonso e Webber tinha 20 segundos de vantagem para os dois nesta altura. Barrichello, que vinha em quinto sem fazer a pit stop, teve de entrar nos boxes na 56ª volta.
O brasileiro voltaria à corrida na 11ª posição, fora da zona de pontuação, mas próximo de Schumacher. Barrichello colou em Schumi na 62ª, para tentar ganhar um ponto na corrida. O duelo atraiu a atenção de todos, o brasileiro reclamou do alemão pelo rádio, mas tentou a manobra quatro voltas depois. Com uma manobra suja, o alemão espremeu o brasileiro no muro, quase causando um acidente. Só que o piloto da Williams manteve-se firme e ganhou a posição, arrancando aplausos.
Enquanto isso, na frente, Webber cruzava com tranquilidade a linha de chegada, seguido por Alonso e Vettel, o alemão ficou muito próximo, fez a melhor volta da prova na última, mas não conseguiu colocar-se em posição para tentar a ultrapassagem.