As forças turcas de segurança mataram pelo menos 15 rebeldes curdos num ataque por terra e ar perto da fronteira com o Iraque, disseram as autoridades, esta Quarta-feira (25).
A região é palco de um conflito de 28 anos entre as forças turcas e o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que luta por mais autonomia para a região curda do sudeste da Turquia.
A Turquia tem boas relações comerciais e de investimentos com o semiautónomo Curdistão iraquiano, onde o PKK tem uma presença militar.
Mas Ancara teme que o exemplo de autodeterminação curda no Iraque e a situação cada vez mais caótica na vizinha Síria inflamem o conflito curdo.
Fontes curdas da Síria disseram que o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, retirou as suas forças de algumas áreas fronteiriças com a Turquia, deixando-as sob controle do Partido da União Democrática (PYD), ligado ao PKK.
Esta Quarta-feira (25), o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, disse ao canal TV 24 que a presença de militantes ligados ao PKK justificaria uma intervenção militar da Turquia na Síria, a exemplo do que ocorre com frequência no norte do Iraque desde que a região escapou ao controle de Bagdad, após a Guerra do Golfo, em 1991.
O PKK é qualificado como grupo terrorista por Turquia, Estados Unidos e União Europeia.