Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Forças sírias mantêm a ofensiva; Annan está em Moscovo

A Rússia ofereceu “apoio total” aos esforços do enviado especial Kofi Annan, Domingo, para pôr fim aos confrontos na Síria, mas disse que a sua missão precisará de mais tempo, uma vez que as forças leais ao presidente Bashar al-Assad atacaram Homs e outros redutos rebeldes.

Moscovo também reiterou a sua posição de que o apoio externo à oposição Síria foi o principal obstáculo para a paz, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogam, discutiam como conseguir ajuda não letal para a oposição.

Os países árabes e ocidentais pressionaram Assad para que renunciasse, para pôr fim à violência, que a ONU diz que já custou 8 mil vidas.

A Rússia, um aliado próximo de Assad, disse que ele está disposto a conversar com os seus adversários sobre reformas e que são os rebeldes que devem ser pressionados a negociar.

Com o exército sírio na ofensiva em todo o país e com os temores da oposição de que Assad possa usar qualquer negociação para fortalecer a posição das suas tropas e aumentar a repressão, as perspectivas duma paz negociada parecem mais remotas do que nunca.

Um grupo de direitos humanos baseado nos EUA acusou as tropas de Assad, Domingo, de usar escudos humanos durante os seus esforços para esmagar a rebelião, que começou há mais de um ano.

“As tropas do governo sírio colocaram em risco a vida dos moradores locais, forçando-os a marchar na frente do exército, durante as operações recentes para efectuar prisões, movimentação das tropas e ataques à cidades e vilarejos ao norte da Síria,” disse o Human Rights Watch, citando os residentes da província de Idlib, no noroeste da Síria.

O presidente russo, Dmitry Medvedev, que vai juntar-se a Obama para participar numa Cúpula de Segurança Nuclear na Coréia do Sul, Segunda-feira, disse ao enviado da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan em Moscovo, que admirava os seus esforços para acabar com a violência.

“Essa pode ser a última chance para a Síria evitar uma longa e sangrenta guerra civil. Portanto, vamos oferecer-lhe todo o nosso apoio, de qualquer nível e de várias maneiras nas áreas, é claro, onde a Rússia pode fornecer esse apoio.”

Não ficou claro se Moscovo usaria a sua influência com Assad para levar adiante o plano de paz de seis pontos de Annan, que inclui a exigência dum cessar-fogo, retirada imediata de armamentos pesados de áreas residenciais e acesso de ajuda humanitária.

“A Síria tem uma oportunidade hoje de trabalhar comigo e esse processo de mediação, para pôr um fim ao conflito, aos confrontos, permitir o acesso às pessoas que precisam de ajuda humanitária, assim como embarcar num processo político que levará a um acordo pacífico,” disse Annan depois das conversações.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts