O presidente da região somali da Etiópia, Abdi Mohamoud Omar, disse que as suas forças mataram mais de 120 rebeldes que atravessaram para o leste do país, após desembarcarem na costa do Mar Vermelho. O presidente acrescentou que outros 90 rebeldes estavam cercados e que, a não ser que se rendessem, outras medidas seriam tomadas contra eles.
Os rebeldes pertencem à Frente Nacional de Libertação de Ogaden, que exige a autonomia desta região fronteiriça com a Somália desde a década de 70.
A Etiópia acusa a Eritreia de apoiar o grupo rebelde. Mas, o porta-voz da Frente Nacional de Libertação de Ogaden em Londres, Mahdi Abdirahman, negou que o grupo tenha sido enviado para a Etiópia. O porta-voz disse ainda que nenhum país apoia o grupo: “A verdade é que o exército da Etiópia está a inventar todas estas histórias. Eles têm estado a lutar por toda a região de Ogaden nas últimas duas semanas e em todos os lugares têm sido derrotados,” afirmou o porta-voz.
A Somalilândia, que declarou independência do resto da Somália, apesar de não ter sido reconhecida a nível internacional, ajudou anteriormente o governo etíope no seu combate aos rebeldes de Ogaden. Um comandante destes rebeldes, conhecido como Hassan Bossaso, foi cpaturado, disse Abdi à BBC.
A Etiópia acusa o seu inimigo regional de longa data – a Eritreia – de apoiar os rebeldes de Ogaden, uma acusação que a Eritreia nega. Os rebeldes querem a auto-determinação dos residentes da região somali da Etiópia, que é também conhecida como Ogaden.
Segundo a BBC, nos últimos meses, o governo etíope assinou acordos de paz com as várias facções dos rebeldes de Ogaden. No entanto, a Etiópia não acabou o seu conflito com o grupo liderado pelo antigo chefe da marinha somali, o Almirante Mohamed Omar Osman.
