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Forças de segurança da Síria reprimem protestos em Damasco

Patrulhas policiais e milícias espalharam-se, este Domingo, no distrito de Mezze, da capital síria, para evitar a repetição dos protestos contra Bashar al-Assad que têm ameaçado o controle dele sobre Damasco, segundo as declarações de activistas da oposição.

No âmbito internacional, a China disse acreditar que uma solução pacífica para a crise na Síria ainda é possível, mas o ministro das Relações Exteriores britânico admitiu temer que o país do Oriente Médio entre em guerra civil.

Este domingo, foi enterrado, em Mezze, o corpo de Samer al-Khatib, um jovem manifestante morto quando as forças de segurança atiraram contra os manifestantes.

As forças de segurança marcaram forte presença no funeral para impedir que se transformasse numa manifestação contra Assad, disseram à Reuters os activistas da oposição, de Amã.

“Quem anda em Mezze corre o risco de ser preso, A área está calma e até os restaurantes em Sheikh Saad estão vazios,” disse o activista Moaz al-Shami, em referência à rua principal do distrito.

Os protestos em Damasco indicam que o movimento contra Assad, que governa a Síria há 11 anos, depois da morte do pai, Hafez, não se intimidou com a repressão e envolve uma grande parte da sociedade síria.

Assad, que pertence à seita Alawite, uma ramificação do Islamismo Xiita, num país de maioria sunita, diz que está a combater terroristas apoiados por estrangeiros.

Os confrontos de Sábado ocorreram quando o ministro das Relações Exteriores da China, Zhai Jun, encontrou-se com Assad e fez um apelo para que os dois lados acabassem com a violência.

Zhai reiterou o apoio de Pequim ao plano de Assad de realizar um referendo e eleições multipartidárias, dentro de quatro meses. Proposta essa que o Ocidente e alguns membros do fragmentado movimento de oposição da Síria consideram um gozo.

A China, um dos principais defensores de Assad, surgiu como uma peça importante nos esforços internacionais para acabar com o derramamento de sangue na Síria.

A China e a Rússia enfureceram o Ocidente e os países árabes ao oporem-se a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que apoiava uma proposta da Liga Árabe, que exigia que Assad acabasse com a repressão e entregasse o poder.

Os dois países também votaram contra uma resolução semelhante da Assembleia Geral da ONU aprovada com esmagadora maioria, semana passada.

Nada de intervenção

Os Estados Unidos, a Turquia, a Europa e os países árabes do Golfo exigiram a saída do Assad. O Ocidente descartou a possibilidade duma intervenção militar como a que aconteceu na Líbia, mas a Liga Árabe liderada pela Arábia Saudita já indicou que alguns dos membros estão prontos para armar a oposição, que inclui o rebelde Exército Livre da Síria.

O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, reiterou essa opinião, Domingo, ao declarar à BBC: “Não podemos intervir como fizemos na Líbia (…). Faremos muitas outras coisas”.

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