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Forças da Síria matam 30; monitores árabes chegam ao país

O primeiro grupo de monitores árabes chegou à Síria, esta Segunda-feira, para avaliar se Damasco está a cumprir um plano para encerrar a repressão, e moradores da cidade de Homs disseram que ao menos 30 pessoas morreram depois de os tanques terem aberto fogo nos bairros da cidade.

 

 

Cinquenta monitores e 10 outras autoridades da Liga Árabe saíram do Egito num avião privado, na primeira intervenção internacional directa para encerrar os nove meses de violência entre as tropas do presidente Bashar al-Assad e seus opositores.

Terça-feira, alguns monitores devem visitar Homs, cidade que testemunhou a pior violência e onde não houve sinal de que Assad está a realizar um plano firmado com a Líga Árabe para suspender a ofensiva.

Um vídeo amador publicado por activistas na Internet mostrou três tanques nas ruas, ao lado de apartamentos no distrito de Baba Amr. Um tanque usou a sua metralhadora, enquanto outro lançou tiros de morteiro.

Imagens perturbadoras mostravam corpos mutilados, largados em poças de sangue, nas ruas estreitas. Os fios eléctricos estavam caídos e os carros queimados, como se tivessem sido atingidos por morteiros.

“O que está a acontecer é um massacre”, disse Fadi, morador do bairro de Baba Amr. Segundo ele, a vizinhança estava a ser atingida por bombas de morteiro e metralhadora.

Com uma insurgência armada cada vez mais ofuscando os protestos civis, muitos temem que a Síria esteja à beira de uma guerra sectária da maioria sunita contra a minoria alauíta, de Assad – uma ramificação do islamismo xiita -, especialmente após um duplo ataque suicida em Damasco, Quinta-fesira, que matou 44 pessoas.

Quatro desertores do Exército foram mortos pelas forças de segurança numa cidade perto da fronteira turca, Segunda-feira, disse um grupo activista. Nove soldados que foram mortos em combate em Homs foram enterrados, segundo a mídia estatal.

Um morador de Homs disse à Reuters por Skype que os moradores e combatentes estavam presos em trincheiras que o Exército havia cavado ao redor do bairro nas últimas semanas.

“Eles estão se beneficiando das trincheiras. Nem as pessoas nem os homens armados ou os desertores do Exército estão conseguindo fugir. O Exército está avançando na área nos últimos dois dias.”

“Elemento surpresa”

O primeiro grupo de monitores será dividido em cinco equipes, de 10 homens cada, para cinco locais diferentes. Aqueles que visitarão Homs, Terça-feira, tentarão avaliar se Assad está a retirar os tanques e tropas da terceira maior cidade da Síria, segundo prometido.

Representantes da Liga Árabe disseram que “haverá um elemento surpresa”.

“Informaremos a Síria sobre as áreas que serão visitadas no mesmo dia para que não tenham tempo para conduzir os monitores ou mudar a realidade de qualquer um dos lados”, disse o monitor Mohamed Salem al-Kaaby, dos Emirados Árabes Unidos.

O objectivo da missão é confirmar se o governo sírio está a realizar a iniciativa da Liga Árabe, retirar as forças militares das cidades, libertar prisioneiros e permitir a entrada da mídia árabe e interancional.

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