As forças do governo iraquiano que lutam contra uma ofensiva da Al Qaeda lançaram um ataque aéreo na cidade de Ramadi, este domingo (5), matando 25 militantes islâmicos, segundo as autoridades locais.
Os funcionários do governo local na província de Anbar encontraram-se com os líderes tribais para pedirem que ajudem a repelir os militantes ligados à Al Qaeda que tomaram partes de Ramadi e Falluja, cidades iraquianas estratégicas sobre o rio Eufrates.
O Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL, na sigla em inglês), grupo ligado à Al Qaeda, tem aumentado a sua influência na vasta província sunita de Anbar nos meses recentes numa tentativa de criar um Estado muçulmano sunita abrangendo a fronteira com a Síria.
Mas a captura da semana passada de posições em Ramadi e de grandes partes da Falluja foi a primeira vez em muitos anos em que os insurgentes sunitas tomaram terreno nas principais cidades da província e mantiveram as suas posições por dias.
As autoridades locais e os líderes tribais em Ramadi disseram que os 25 supostos militantes foram mortos no ataque da força aérea, que visava áreas orientais da cidade na manhã de domingo.
Em Falluja, a ação do ISIL tem sido facilitada por tribos descontentes que se juntaram a sua luta contra o governo. Mais a oeste, atravessando a fronteira na Síria, os combatentes da Al Qaeda capturaram faixas de terra no norte e estão a lutar com outras brigadas islâmicas, bem como o exército sírio.
Em Ramadi, onde tribos e o exército têm trabalhado em conjunto para combater os insurgentes da Al Qaeda, os atiradores do ISIL posicionaram-se nos telhados e travaram pequenas batalhas na cidade.
O secretário de Estado dos EUA John Kerry disse, este domingo, que o governo e as tribos do Iraque seriam bem sucedidos na sua luta contra a Al Qaeda, e disse que Washington não estava a considerar o envio de tropas para o Iraque, dois anos depois da retirada.