Número significativo da população da cidade de Nampula ainda continua a percorrer longas distância à procura de água potável, como consequência da inoperacionalização de grande número de fontenários públicos instalados em vários bairros deste ponto da província.
A situação em causa tem causado enorme desconforto no seio dos residentes nos bairros abrangidos pelo projecto, gerando actos de vandalismo. Alguns populares que falaram ao nosso jornal afirmam terem canalizado o assunto às direcções sociais dos bairros, através de abaixo-assinados remetidos aos respectivos chefes, mas que não lograram qualquer sucesso até à data.
Contactado pelo nosso Jornal, Elídio Khossa, director regional-Norte do Fundo de Investimento e Patromonio de Água (FIPAG), empresa gestora das Águas Moçambique, alegou que a operacionalização dos fontenários públicos está condicionada aos trabalhos técnicos ainda em curso. Khossa referiu que, entre as várias acções projectadas, destaca-se a expansão da rede de canalização dos referidos fontenários a partir da tubagem principal da Estação de Abastecimento de Água à cidade de Nampula, que garantirá o aumento do período do seu fornecimento, das actuais 20 horas diárias para 22.
Constam, ainda, dos nossos planos de regularização as zonas de Muhivire e Muhala-Expansão, onde os níveis de abastecimento de água não são dos melhores. Referiu Khossa. Por outro lado, o nosso interlocutor revelou que a problemática da falta de ordenamento nos bairros da cidade de Nampula tem, de certo modo, dificultado a materialização do projecto, em curso, de expansão da rede de abastecimento de água a este ponto da província, e que o facto poderá inviabilizar a consecução de algumas das metas estabelecidas.
Refira-se que o FIPAG planificou a construção de dez fontenários públicos mensais nos bairros deste municipio, num total de 120 fontenários até finais de Novembro do ano em curso. O projecto conta com um financiamento de cerca de 53 milhões de meticais, disponibilizados pelo Banco Mundial.